mercredi 23 mars 2016

Hospital geral de Luanda rejeita doação de sangue de pessoas da UNITA

 23 março 2016  
     
 Luanda - O Presidente da UNITA manifestou o seu descontentamento, pelo incidente que teve lugar no Hospital-Geral de Luanda, na quinta-feira, 17 do mês corrente, em que as autoridades sanitárias rejeitaram a doação de sangue dos militantes da UNITA, que tinha por objectivo salvar vidas das pessoas naquele hospital, que morrem diariamente 15 a 20 pacientes.
 

Fonte: UNITA
"É muita pena! Primeiro nós vimos senhoras mães que vieram ter connosco pessoalmente, desesperadas, queriam até que nós dessemos o nosso sangue ali, para salvar as suas crianças e ouvimos os responsáveis do hospital a garantir que nós se fizéssemos algo no sentido de encontrar os doares de sangue, eles estariam satisfeitas porque é de facto uma necessidade. Mas eu fiquei chocado de ouvir que mais de cinquenta pessoas que ouviram o nosso apelo e foram apresentar-se ao hospital para darem o seu sangue e salvarem vidas, foram rejeitadas porque são da UNITA, quer dizer que se afinal até para salvar vidas é preciso o cartão de membro, então o país está mais uma vez estragado, não podemos também continuar assim. Documentos para dar o sangue, o que me disseram ontem é que seria necessário testar o sangue para ver se serve era um processo, mas isto de pedir documentos para mim de facto foi um choque", afirmou Isaías Samakuva.


De salientar que o líder do maior partido na oposição em Angola, Isaías Samakuva, realizou uma digressão de constatação e contacto com os órgãos de base do seu Partido, em Luanda, que decorreu de 15 a 19 de Março de 2016.

O evento serviu para a apresentação dos novos secretários das regiões eleitorais que compõem a província de Luanda.
Benedito Umbassanju, Nelito Ekwikwi, António Kutyangia, Sancho Kandundu, Mihaela Webba, José Eduardo e Menezes Adriano foram empossados nos cargos de secretários regionais de Cacuaco, Belas, Viana, Quissama, Luanda, Cazenga e Icolo e Bengo.

De acordo com o Presidente da UNITA a jornada visou alargar os comités do seu partido a nível de Luanda, para responder ao vasto número de eleitorado que abrange a província e a instalação de secretários regionais que deverão dedicar-se aos desafios eleitorais do partido nas suas respectivas áreas.

"Estamos nessa jornada de campo exatamente para restelarmos os nossos comités, eu digo, as nossas estruturas municipais que nós queremos que passem a chamar-se regiões eleitorais que quer dizer, devido a vastidão do eleitorado aqui em luanda achamos que devíamos descentralizar, entao, em vez de termos um secretario provincial que se ocupa de todos os municípios nós vamos ter responsáveis regionais que vão se corresponder diretamente com o secretariado geral e por isso mesmo nós indicamos novos novos responsáveis dos municípios, por tanto dessas regiões naturalmente o objetivo ê essencialmente trabalhar para o processo eleitoral.

Naturalmente, nós fomos ao censo populacional e nós verificamos por exemplo que municípios como Viana ou Cazenga e outros de Luanda, têm eleitorado superior a três ou quatro províncias algumas províncias todas elas juntas ainda assim não somam o eleitorado que tem alguns municípios de Luanda, então temos de nos adaptar a esta situação, encontrar responsáveis a altura para gerir este universo de eleitores e prontos também é a afinação da maquina", explicou.

O dirigente da segunda maior força política do país, mostrou-se igualmente, chocado com perdas de vidas humanas que se registam nos hospitais de Luanda, devido ao aumento das enfermidades e falta de medicamentos e outras condições para salvar as vidas das populações que recorrem aos serviços médicos naqueles hospitais. E considerou haver mortes de pessoas que excedem até, países em conflitos armados.
"Bom! Eu penso que para já precisamos de salvar as pessoas que estão a morrer, o governo tem de fazer algo de emergência ou com urgência também para salvar aquelas vidas, não e possível, mesmo que se diz que se matou na guerra, não há guerra onde… mesmo na Síria as pessoas não estão a morrer assim em números que estamos a ver nos hospitais e ate nos cemitérios, passei noutro dia a frente de um cemitério, e pura e simplesmente incrível, então isso e muito urgente, todo o país devia ser mobilizado para fazer face a esta calamidade, este lixo, estas aguas paradas, isso tudo devia ser resolvido, devia ser de facto visto com os olhos de quem esta a ver o país a morrer".

O responsável da maior força política na oposição descreveu a situação social da população como sendo miserável, advogando ser urgente a mudança de regime no país, e insta os membros, quadros e responsáveis do seu partido a trabalharem no sentido de concretizarem esse desiderato.


"Bom! O que vimos hoje não é diferente daquilo que temos estado a ver durante estes dias, a mesma miséria, o mesmo sofrimento, a mesma ausência da administração pública, é a mesma coisa que estamos a ver. Por tanto, a situação está de facto desastrosa eu espero que o governo ouça o clamor do povo, ouça o que o povo esta a dizer, e necessário que se faca alguma coisa, naturalmente também e por consequência o povo está cansado, o povo está desesperado, o povo quer mudança não pode continuar assim, ninguém estará preparado a viver eternamente assim.

Então, eu creio que precisamos de escutar, fazer as leituras necessárias e trabalharmos para de facto estarmos a altura de poder fazer esta mudança que o povo reclama".


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