lundi 20 juin 2016

Situação continua tensa na Kapupa, militantes da UNITA encontram-se nas montanhas

Kapupa6.jpgA situação na comuna da Kapupa, município do Cubal, província de Benguela continua instável, na sequência do ataque realizado no dia 25 de Maio de 2016 por grupos organizados contra os deputados da UNITA.

Contactados para declarações oficiais sobre o assunto quer o Comando Provincial da Polícia nacional quer o governo de Benguela, escusaram-se em prestar qualquer informação.


Na aldeia de Kambulo, em que aconteceu o ataque que resultou em três mortos, vários feridos e também desaparecidos, foi durante a semana 12 à 17 de Junho de 2016, palco de várias acções de intolerância política contra os membros da segunda maior força política no país, informou o cidadão que acompanha o infausto episódio.

"O MPLA estabeleceu como limite o rio Songue. Significa, todo que se identifica com a UNITA não pode atravessar o rio Songue para a margem esquerda. Nesse caso à Sul do rio Songue. O rio Songue fica à Norte da aldeia de Kambulo. Então esse é que está servir como limite. Tudo o que é UNITA não pode atravessar o rio Songue para a margem esquerda", denunciou.

De acordo com a fonte credível que, confirmou os factos, os actos são planificados e praticados por membros da Defesa Civil, comandados pelo soba da localidade que se assume como membro do MPLA pela sua intervenção e conta com apoio das autoridades policiais e administrativas. Já incêndiaram mais 53 casas dos militantes da UNITA e cerca de 182 pessoas foram desalojadas encontrando-se nas montanhas longe da comuna.

"Neste momento nós temos cerca de 182 pessoas fora de suas casas. Primeiro as casas queimaram, segundo foram corridos da sua área. Vivem mesmo assim ao relento.
São cerca de 53 casas queimadas. A acção foi efectuada pela Defesa Civil, cujo o comandante é o tal soba Filipe Njongo Chimbuta. Eles não querem ver ninguém da UNITA naquele lado, porque é do MPLA", realçou.

As pessoas desalojadas vivem ao relento, para quem quiser voltar à aldeia, está obrigado a cumprir as exigências dos supostos membros do partido no poder, como um dos exemplos práticos tratar o cartão de membro do MPLA.


"Há lá ordens que quem quiser voltar à sua aldeia ou então no seu Quimbo tem de entregar tudo o que tiver como propaganda da UNITA. A partir do cartão de membro, camisola e chapéu se tiver e, nesse caso tratar o cartão do MPLA, só assim é que pode viver em paz naquela área. Todos, a partir mesmo dos tais administradores, a polícia também têm conhecimento disso", confirmou a testemunha ocular.

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