A UNITA solicitou
aos órgãos competentes da Organização das Nações Unidas, e outras entidades, a
realização de um "inquérito rigoroso e imparcial" às mortes de polícias
e civis, seguidores de uma seita religiosa na província angolana do Huambo
.
Mundo
Lusa
14:55 - 30 de
Abril de 2015 | Por Lusa
A posição consta
de um comunicado divulgado hoje, na sequência da reunião extraordinária do
Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência
Total de Angola (UNITA), o maior partido da oposição angolana, realizada na
quarta-feira, em Luanda.
No documento, a
UNITA condena os assassínios de "agentes da autoridade e de centenas de
civis indefesos", ocorrido no passado dia 16 deste mês.
Aquela força
política repudiou ainda "o clima de terror que se criou na província do
Huambo, visando cortar as liberdades democráticas dos cidadãos".
Da análise ao
relatório dos deputados da UNITA, que na semana passada se deslocaram à
província do Huambo, a direção do partido concluiu que "há um clima de
terror na província, em particular nos municípios da Caála e do Huambo",
mas também "um grande sentimento de repulsa pelos atos de violação dos
direitos humanos, que terão sido cometidos pelas autoridades públicas".
A UNITA referiu
que foi vetada aos deputados a visita ao local dos incidentes, depois de
garantido pelas autoridades governamentais da província o seu acesso à zona.
O relatório
refere que os deputados reuniram com as autoridades locais, recolheram imagens
de vídeo e fotografias, registaram depoimentos de dezenas de cidadãos, entre
alegados sobreviventes do incidente, familiares de pessoas desaparecidas,
testemunhas, religiosos, polícias e militares que supostamente participaram na
operação
.
O comandante
provincial do Huambo da Polícia Nacional, Elias Livulo, reafirmou na
quarta-feira que os confrontos com elementos da seita "A Luz do
Mundo", liderada por José Kalupeteca, provocaram 13 mortos civis e nove
polícias, desafiando a UNITA a apresentar provas da acusação de que houve 1.080
vítimas mortais.
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