A situação na
comuna da Kapupa, município do Cubal, província de Benguela continua instável,
na sequência do ataque realizado no dia 25 de Maio de 2016 por grupos
organizados contra os deputados da UNITA.
Contactados para
declarações oficiais sobre o assunto quer o Comando Provincial da Polícia
nacional quer o governo de Benguela, escusaram-se em prestar qualquer
informação.
Na aldeia de
Kambulo, em que aconteceu o ataque que resultou em três mortos, vários feridos
e também desaparecidos, foi durante a semana 12 à 17 de Junho de 2016, palco de
várias acções de intolerância política contra os membros da segunda maior força
política no país, informou o cidadão que acompanha o infausto episódio.
"O MPLA
estabeleceu como limite o rio Songue. Significa, todo que se identifica com a
UNITA não pode atravessar o rio Songue para a margem esquerda. Nesse caso à Sul
do rio Songue. O rio Songue fica à Norte da aldeia de Kambulo. Então esse é que
está servir como limite. Tudo o que é UNITA não pode atravessar o rio Songue
para a margem esquerda", denunciou.
De acordo com a
fonte credível que, confirmou os factos, os actos são planificados e praticados
por membros da Defesa Civil, comandados pelo soba da localidade que se assume
como membro do MPLA pela sua intervenção e conta com apoio das autoridades
policiais e administrativas. Já incêndiaram mais 53 casas dos militantes da
UNITA e cerca de 182 pessoas foram desalojadas encontrando-se nas montanhas
longe da comuna.
"Neste
momento nós temos cerca de 182 pessoas fora de suas casas. Primeiro as casas
queimaram, segundo foram corridos da sua área. Vivem mesmo assim ao relento.
São cerca de 53
casas queimadas. A acção foi efectuada pela Defesa Civil, cujo o comandante é o
tal soba Filipe Njongo Chimbuta. Eles não querem ver ninguém da UNITA naquele
lado, porque é do MPLA", realçou.
As pessoas
desalojadas vivem ao relento, para quem quiser voltar à aldeia, está obrigado a
cumprir as exigências dos supostos membros do partido no poder, como um dos
exemplos práticos tratar o cartão de membro do MPLA.
"Há lá
ordens que quem quiser voltar à sua aldeia ou então no seu Quimbo tem de
entregar tudo o que tiver como propaganda da UNITA. A partir do cartão de
membro, camisola e chapéu se tiver e, nesse caso tratar o cartão do MPLA, só
assim é que pode viver em paz naquela área. Todos, a partir mesmo dos tais
administradores, a polícia também têm conhecimento disso", confirmou a
testemunha ocular.
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