F8 — 20 de Junho
de 2016
Uma verba de mais
de 34 milhões de kwanzas destinada ao combate à febre-amarela no município de
Cabinda foi recentemente desviada pelo administrador local, alegadamente para
pagamento de dívidas referentes à recolha de lixo. Maka Angola apurou os factos
junto de fontes do Ministério da Saúde.
Por Maka Angola
O Ministério da
Saúde transferiu os fundos em Maio passado, como parte dos seus esforços de
contenção da propagação da febre-amarela em Cabinda. Segundo fonte do governo
provincial de Cabinda, uma das primeiras medidas de Arnaldo Tomás Puaty,
nomeado administrador municipal a 6 de Maio passado, foi o desvio integral da
verba para outros fins.
Em sua defesa,
segundo a fonte contactada, o administrador alega desconhecimento acerca do
destino do montante atribuído à administração municipal. E portanto afirmou ter
usado o dinheiro para pagar o serviço dos camiões privados que fazem a recolha
do lixo no município-sede da província da Cabinda.
“Desde quando é
que o Ministério da Saúde atribui verbas para recolha de lixo?”, insta fonte do
mesmo Ministério.
Até à semana
passada, Cabinda identificou 52 casos suspeitos de febre-amarela e registou
oito óbitos recentes, causados pelo surto e confirmados através das amostras
enviadas para um laboratório da Organização Mundial de Saúde em Dakar, capital
do Senegal. Por falta de capacidade laboratorial em Angola, as amostras estão a
ser enviadas ao exterior.
O administrador
Arnaldo Tomás Puaty desempenhou anteriormente funções de assessor da governadora
provincial de Cabinda, Aldina da Lomba Catembo.
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