VOA Português
29.01.2015 8:02
Os relatórios da
Human Rights Watch e da Freedom House divulgados hoje e outro da Heritage
Foundation dado a conhecer ontem revelam que a
situação dos direitos humanos e liberdades em Angola continuam a estar
muito aquém do desejado.
Angola com nota
negativa em direitos humanos e liberdades
O director para
África da Human Rights Watch Daniel Bekele disse hoje, 29, num comunicado que
Angola tomou “algumas medidas para a
melhoria da vida das populações”, mas acrescentou que as autoridades continuam
a violar os direitos políticos e civis básicos.
O comunicado foi
emitido depois da organização ter publicado o seu relatório anual em que acusa
as autoridades angolanas de intensificar medidas repressivas e de restringir a
liberdade de expressão, associação e reunião.
A Human Rights
Watch considera que a liberdade de expressão está “severamente restringida” em
Angola e dá inúmeros exemplos de prisões e actos de intimidação contra
jornalistas e activistas.
O documento acusa
a policia angolana de uso excessivo da força e de detenções arbitrárias para
impedir manifestações pacificas.
Despejos e
demolições de casas são também
mencionados, mas o documento nota o que chama de “um desenvolvimento positivo”
na acção do Governo em fornecer habitação a 166 famílias, que haviam sido
desalojadas à força há 10 anos.
Aquela
organização de defesa dos direitos humanos descreve Angola como “uma potência
de influência em África”, mas lamenta que as empresas que investem em grande
escala no país tenham “ pouca
consideração” pela má governação e situação dos direitos humanos.
Por outro lado,
Freedom House, organização sediada aqui nos Estados Unidos e que monitora a
liberdade no mundo, publicou o seu
índice mundial de direitos políticos e cívicos em que a melhor classificação é
1 e a pior 7.
Angola ficou no
grupo dos países não-livres, com 6 pontos na categoria de direitos políticos e
5 na de liberdades civis.
Também a Heritage
Foundation publicou ontem o seu Índice Global de Liberdade Económica, em que
Angola aparece na lista de países que reprimem, a pior classificação, na 158ª.
posição.
A classificação é
atribuída de acordo com quatro aspectos, nomeadamente aspectos jurídicos,
limitações impostas pelo Governo, eficiência das regulamentações e abertura dos
mercados.
Mesmo no que diz
respeito à África Subsariana, Angola tem uma má classificação, ao ficar na 39ª.
posição entre os 46 países da zona.
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