20/04/2015 14:22 Fonte : VOA
Subiu para nove o
número de agentes da polícia angolana mortos num confronto no Huambo com
membros da seita religiosa Sétimo Dia à Luz do Mundo na passada quinta-feira,
16, disseram as autoridades, ao mesmo tempo que o partido no poder acusava
“outras” forças" não especificadas de estarem por detrás dos confrontos.
Um outro polícia
tinha sido morto um dia antes em Benguela em confrontos com a mesma seita,
também conhecida pelo nome do seu dirigente “Kalupeteca”.
A seita opõe-se à
educação e vacinação dos seus membros que tendem a reunir-se em acampamentos.
Os confrontos o
Huambo ocorreram a cerca de 25 quilómetros do município da Caála, onde estariam
acampados cerca de 2.000 fiéis. Era aí que a polícia pretendia prender o seu
líder alvo de um mandado de captura emitido no Bié.
O líder da seita,
Julino Kalupeteca, de 52 anos, foi entretanto detido no Huambo.
O ministério
angolajo do Interior exortou a policia a dar uma "resposta firme a todos
quantos enveredem por este tipo de conduta, bem como aos eventuais instigadores
de ignóbeis ações desta natureza".
Por seu turno, o
MPLA, partido no poder, acusou "outras forças" de estarem na origem
dos confrontos.
"Os dados
até agora recolhidos permitem facilmente concluir que por detrás destes factos
estão outras forças, que pretendem criar condições para um retorno a situações
de perturbação generalizada, que não poderão ser toleradas", disse um
comunicado emitido pelo Bureau Politico do partido.
O comunicado diz
os ataques à polícia foram efectuados com armas de fogo ilegais e na posse de
pessoas que "pretendem alterar a ordem pública em Angola".
Para
"estancar esse tipo de acções criminosas", o MPLA, no poder em Angola
desde 1975, exortou hoje a Polícia Nacional e "todos os órgãos de Defesa,
Segurança e de Justiça" a tomarem medidas "que conduzam à
responsabilização dos desordeiros", apelando ainda às populações "a
não segui-los, a manterem vigilância cerrada sobre eles e a denunciá-los,
quando estejam a preparar acções subversivas".
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