15/04/15
Uma testemunha
dos confrontos entre a policia e fiéis da seita A Luz do Mundo disse à VOA que
“muita gente” foi morta pela polícia.
Contudo, a
testemunha, que pediu o anonimato, disse não poder determinar o número exacto
de mortos.
Testemunha diz
que "muita gente" morreu nos confrontos no Huambo -2:43
As autoridades
dizem que nove policias e 13 civis foram mortos nos confrontos, enquanto a
UNITA fala em centenas, possivelmente 700 pessoas mortas.
A VOA procurou
chegar ao morro do Sumé onde se deram os confrontos mas viu-se impedida de ali
chegar pelas autoridades locais.
Por outro lado,
polícias e membros das Forças Armadas com quem tivemos contactos são
peremptórios, sob a capa do anonimato, em dizer que as autoridades estão a
mentir em relação ao número de mortos de civis.
“É muita gente
que eles mataram e não conseguimos contar porque foram dando tiros até em
pessoas inocentes”, disse a testemunha por nós contactada.
O cidadão que não
se quis identificar revelou que muitos seguidores da seita continuam nas matas
por temerem pelas suas vidas e, por isso, não regressam às cidades por saberem
que as autoridades estão a capturar os elementos da seita de Kalupeteca.
“O que me
preocupa é que estão a dizer que temos que voltar às cidades mas quando as
pessoas regressam, as autoridades batem às portas das suas casas à meia-noite
para as prenderem”, revelou.
A testemunha
disse ainda que na altura dos confrontos a polícia disparou quatro tiros contra
Kalupeteca mas ele não morreu.
“Kalupeteka já
tinha afirmado que Deus me fez de forma que tiro não entra”, disse o nosso
entrevistado.
Há informações
contraditórias sobre o paradeiro de José Julino Kalupeteca, mas, segundo um
activista dos direitos humanos, ele foi torturado e encontra-se entre a vida e
morte num hospital entre Huambo e Luanda.
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