Redacção VOA
21.04.2015 16:21
A Unita denunciou
hoje, 21, a existência de valas comuns na província do Huambo onde
terão sido enterrados, até ontem,
mais de 700 pessoas mortas em retaliação da polícia contra fiéis da seita Igreja
Civina a Luz do Mundo.
Houve massacre no Huambo - UNITA - 2:06
Galo Negro afirma
que 700 pessoas foram mortas nos confrontos entre polícia e seita religiosa,
mas polícia fala em 13 mortos.
O principal
partido da oposição pediu hoje à
Assembleia Nacional a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito
para aferir da dimensão dos incidentes
que na passada semana envolveram a Polícia Nacional e fiéis da seita também
conhecida por Kalupeteca.
O chefe da
bancada parlamentar da Unita Raul Danda
disse que buldózeres estão a ser usados para enterrar as vitimas em
valas comuns.
Danda
acrescentou, no entanto, que o seu partido não vai esperar por uma eventual
missão parlamentar, devendo enviar de
imediato para o Huambo uma equipa de deputados para confrontar no terreno o número de civis
mortos revelado pela primeira vez esta segunda-feira pela polícia angolana com base em relatos de testemunhas.
O comandante adjunto da Polícia Naciona, Paulo
da Almeida revelou que na sequência dos
incidentes 13 civis tinham sido mortos a
par dos nove policiais que perderam a vida. Oito foram a enterrar
ontem.
Informações da
província do Bié deram conta hoje que 11 cidadãos ligados à seita Kalupeteka
foram condenados a dois anos de prisão por crime de resistência às autoridades.
Entretanto, em
conversa não gravada com a VOA, o comandante geral da Polícia Nacional
Comissário Chefe Ambrósio Lemos reconhecer ter havido troca de tiros entre os
agentes da polícia e seguidores da seita, mas disse não poder precisar o número
de mortos da outra parte.
No entanto,
acredita que não chega a duas dezenas
Ambrósio de Lemos
afirmou desconhecer se as vítimas civis já foram enterradas por não ter
recebido nenhum relatório da comissão que se encontra a trabalhar no terreno.
Questionado sobre
a afirmação de Raúl Danda que indicou haver cerca 700 mortos, Lema afirmou que
a Unita deve provar as suas afirmações.
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