20/04/2015 00:26 Fonte
: Unitaangola
A Direcção da
União Nacional para a Independência Total de Angola – UNITA, acompanha com
bastante preocupação o desenrolar dos acontecimentos relativos à seita
religiosa “Sétimo Dia a Luz do Mundo”, dirigida pelo cidadão Kalupeteka,
envolvendo a morte de centenas de cidadãos angolanos, incluindo agentes da
autoridade pública. A UNITA condena todos os actos de violência e lamenta que a
pátria angolana ainda perca, em tempo de Paz, vidas de seus filhos em situações
claramente inaceitáveis e evitáveis.
A Direcção da
UNITA apresenta, desde já, as suas mais sentidas condolências a todas as
famílias enlutadas por este triste e repugnante acto.
É do conhecimento
público que a seita “Sétimo Dia a Luz do Mundo”, vem funcionando à margem da
lei há alguns anos, com o beneplácito das autoridades locais com quem
desenvolveu, desde 2011, laços privilegiados ao abrigo dos quais o cidadão
Kalupeteka beneficou de bens materiais e espaços de intervenção nos órgãos de
comunicação social públicos.
A Direcção da
UNITA manifesta a sua revolta pelas tentativas de envolvimento do nome da UNITA
numa situação que nada tem a ver com ela. Ademais, considera irresponsáveis,
descontextualizadas e imbuídas de má-fé, as declarações do MPLA, em particular
as do Secretário de Estado Eugénio Laborinho e do Governador do Huambo Kundy
Paihama.
A Direcção da
UNITA não entende os verdadeiros desígnios do MPLA quando por tudo e por nada
procura culpar a UNITA. Qualquer acontecimento negativo, é culpa da UNITA. O
que pretende afinal o MPLA? Para onde o MPLA pretende conduzir o País? Quem foi
que promoveu, promove e consente o surgimento das milhares de seitas que
pululam pelo país?
A UNITA e o Povo
angolano já compreenderam o que pretende o MPLA.
A Direcção da
UNITA não só rejeita qualquer tentativa da sua associação à seita Kalupeteka,
como exige que seja feita uma investigação profunda e imparcial dos
acontecimentos ocorridos nas províncias de Benguela, Bié e Huambo que levaram à
morte centenas de cidadãos angolanos.
A Direcção da
UNITA insta o Governo angolano que cumpre o mandato de membro não permanente do
Conselho de Segurança da ONU, a promover a paz e a segurança em Angola, e
privilegiar o diálogo na busca de soluções aos problemas sociais e não o
recurso ao uso indiscriminado da força.
A Direcção da
UNITA alerta os angolanos a não se deixarem distrair pelas manobras de diversão
do Executivo do Presidente José Eduardo dos Santos, que se prepara para mais
uma vez agredir a Constituição com a aprovação da lei do registo eleitoral
oficioso, como a única chance de sobrevivência do seu longo consulado.
Luanda, aos 19 de
Abril de 2015.
O Secretariado
Executivo do Comité Permanente da Comissão Política
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