samedi 15 août 2015

Começa a aparecer dinheiro do BESA


A irmã do presidente angolano inaugurou um colégio particular em Talatona, num investimento superior a 20 milhões de euros. 13.08.2015 00:30 Passado um ano sobre a queda do império Espírito Santo, começam a surgir sinais de onde pode estar o dinheiro que levou à resolução. O primeiro país a deixar escapar as evidências é Angola. Os três mil milhões de euros concedidos em empréstimos pelo BESA, liderado por Álvaro Sobrinho, nunca tiveram destinatários identificados. Nem nunca o Banco de Portugal recebeu resposta do Banco Nacional de Angola sobre a lista dos 10 clientes mais importantes do BESA em termos de concessão de crédito. Mas eis que este ano, no meio da crise económica causada pelo descalabro dos preços do petróleo, surge em Angola um importante empreendimento: o Colégio Angolano de Talatona, um investimento de 23 milhões de dólares (cerca de 20,8 milhões de euros) realizado por Marta dos Santos, irmã do presidente José Eduardo dos Santos e sócia do português José Guilherme.



 A infraestrutura, inaugurada em janeiro, tem 43 salas de aula, pode albergar 1075 alunos e criou 112 empregos, a maioria dos quais ocupados por portugueses. As propinas mensais variam entre os 1000 e os 1650 dólares (907 e 1496 euros). Marta dos Santos estaria na lista dos 10 mais do BESA e seria uma das beneficiárias da garantia estatal no valor de 5,7 mil milhões de euros. O BESA está morto e enterrado. Deu lugar ao Banco Económico, controlado pela Sonangol, mas onde os chineses do Lektron Capital já controlam 30%. O Novo Banco ficou reduzido 9,7% por conversão dos 53 milhões de euros do anterior empréstimo concedido pelo BES. Este último, convertido em ‘banco mau’ deu por inteiramente perdidos os 300 milhões de euros que detinha no capital do BESA. Os restantes acionistas também não foram bem tratados. A Portmil, do general Kopelipa e que detinha 24% do capital do BESA, perdeu a sua quota e a Geni, ligada a Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, ficou com uma participação reduzida de 19,9%.

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