16 novembro 2015
Luanda - O
julgamento dos 17 activistas acusados de rebelião e de preparar um golpe de
Estado em Angola foi suspendo para o almoço depois de o advogado defesa Luís
Nascimento ter pedido a absolvição dos réus.
Fonte: VOA
Diplomatas dos EUA e
UE foram impedidos de entrar no tribunal
Nascimento
alegou várias irregularidades no processo.
O causídico começou por dizer que a suposta lista de um
governo alternativo, usada pela acusação para justificar o crime de golpe de
Estado, não pertence aos acusados.
Em segundo lugar, Nascimento ser anticonstitucional gravar
vídeos privados sem o mandado judicial, o que é caso e, finalmente, destacou
não ser ilegal ler, estudar ou pesquisar sobre qualquer matéria.
Depois da intervenção da defesa, o juiz suspendeu a
audiência para almoço.
Antes do início do julgamento, a Polícia Nacional montou um
forte aparato de segurança com dezenas de agentes da Polícia Nacional e guardas
dos Serviços Prisionais, sobretudo nas entradas do edifício, onde se
concentravam muitos populares e familiares dos arguidos.
Ouviram-se
cânticos no exterior do edifício antes do início do julgamento.
De acordo com populares, numa das ruas paralelas ao tribunal
há vários jovens que estão preparados para se manifestaram caso apoiantes dos
activistas fizerem algum tipo de actividade pública.
Acredita-se que são próximos do MPLA e estão trajados com
camisetas brancas com os dizeres “Justiça Sem Pressão”.
Na sua página do Facebook, o activista Pedrowski Teca disse
que “anunciaram que seriam 90 lugares. Chegado ao local, os oficiais disseram
que só haviam 40 lugares, sendo que dois lugares para cada um dos familiares
dos detidos e os restantes 10 para a sociedade civil”.
Julgamento de
activistas continua a portas fechadas
O julgamento dos 17 activistas angolanos que começou esta
manhã em Luanda continua a portas fechadas, sem a presença da imprensa.
Antes, representantes dos Estados Unidos, Portugal e União
Europeia foram impedidos de entrar no tribunal.
Depois do almoço, o juiz decidiu continuar o julgamento a
portas fechadas para ouvir os réus e ver os vídeos.
O primeiro
a ser ouvido foi Nito Alves.
Além de dois familiares por cada réu e advogados, o tribunal
permitiu a presença de jornalistas até ao momento em que decidiu começar a
ouvir os réus.
A partir de então, os cerca de 30 profissionais da
comunicação social, entre jornalistas, fotógrafos e repórteres de imagens,
foram convidados a sair da sala, devendo regressar apenas nas alegações finais
e na leitura da sentença.
Entretanto, representantes das representações diplomáticos
dos Estados Unidos, Portugal e União Europeia foram impedidos de entrar no
tribunal quando pretendiam acompanhar o julgamento.
Recorde-se que o julgamento está previsto decorrer até
sexta-feira, 20.
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