Julho 06, 2016
Em causa, o
comportamento de Januário Domingos José.
O Tribunal Supremo
de Angola mandou instaurar um processo disciplinar ao juiz do Tribunal
Provincial de Luanda, Januário domingos José, que julgou e condenou os 17
activistas pelos crimes de rebelião, tentativa de golpe de Estado e associação
de malfeitores.
A decisão consta
do acórdão relativo ao habeas corpus que ditou a libertação dos referidos
activistas na semana passada.
A retenção do
recurso no juízo de primeira instância, o procedimento adoptado e a decisão
tomada por Januário Domingos José estão na base da decisão do Tribunal Supremo.
David Mendes,
membro da equipa dos advogados de defesa, diz que o documento que orienta a
abertura do processo afirma que o juiz da primeira instância colocou
deliberadamente os 17 activistas nas cadeias.
Mendes afirma que
caberá ao Conselho Superior da Magistratura determinar “a punição a dar ao
juiz”.
Por outro lado, e
visando disciplinar os juízes, David Mendes revela que os advogados vão remeter
um processo também ao Conselho de Magistratura “para que percebam que o poder
deles não é absoluto, mas sim está na lei”.
Recorde-se que os
17 activistas encontram-se em liberdade sob Termo de Identidade e Residência.
O activista
Francisco Gomes Mapanda, conhecido por “Dago Nível” condenado a 8 meses por
classificar de “palhaçada” o julgamento dos 17 activistas, enquanto o mesmo
decorria, continua detido.
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