O correspondente
da Rádio Despertar no Cunene foi impedido de trabalhar até que «ordens
superiores» sejam emanadas a ditar o contrário, segundo confirmação do director
provincial da Comunicação Social, que foi quem transmitiu ao visado a decisão
das autoridades locais na última quarta-feira, após ele ter sido convocado na
véspera para um «encontro de cortesia».
Paulo Kuza,
nomeado em Dezembro para se exercer como correspondente naquela província do
sul do país da estação comercial detida pelo Galo Negro, que emite em
frequência modulada a partir de Luanda, ouviria da boca de Faustino
Ndansuamba de que estava proibido de trabalhar naquela condição até «novas
ordens».
Após ser
informada da decisão pelo seu funcionário em causa, a direcção da Rádio
Despertar, na voz do seu responsável-adjunto pela Informação, o jornalista
Queirós Anastácio Chiluvia, conversou ao telefone com o director provincial
local da Comunicação Social, tendo este confirmado o facto, sem no entanto
conseguir sustentar legalmente as razões da proibição.
Faustino
Ndansuamba alegou apenas que carecia de autorização do vice-governador da área
social do governo do Cunene (não identificado nominalmente) para sancionar a
actividade de Paulo Kuza, tendo dito mesmo que assim tinha de ser e ponto
final. «Eu obedeço a uma cadeia de comando e estou apenas a cumprir ordens
superiores», disse o director provincial do Cunene da Comunicação Social, mais
palavra, menos palavra.
Diante disso, a
direcção e o colectivo de trabalhadores da Rádio Despertar manifestam a sua
indignação pela decisão das autordades provinciais do Cunene, que, na sua
óptica, constitui uma violação do artigo 40.º da Constituição (sobre a
Liberdade de Expressão e de Informação).
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