04/01/2015 14:21 Fonte
: VOA/Isaías Soares
Em Angola, a
primeira de duas manifestações convocadas pela União de Activistas das 18
Províncias que prevista para hoje no Largo 4 de Fevereiro na cidade de Malanje
foi abafada com a presença de aparatosos dispositivos policiais nas principais
entradas da localidade.
A celebração do 4
de Janeiro como feriado nacional era um dos principais objectivos da
manifestação pública.
Kakienze, um dos
organizadores da marcha que tinha como ponto de partida aquela praça com
destino às imediações do governo desta província numa distância de 100 metros,
disse que as autoridades policiais não deram espaço e perseguiram os
protagonistas.
“Nós distribuímos
panfletos em quase todos os cantos de Malanje, na praça da Tchauande, na
municipal, lá junto ao governo da província, estava tudo pronto para sair mas o
que aconteceu, eles barraram todos cantos”, disse, justificando que “nenhum
homem pode entrar hoje na cidade, principalmente se tiver uma pasta ou uma
bolsa ou, qualquer coisa, é revistado”.
O activista
garantiu que foram distribuídos mais de dois mil panfletos nos principais
centros de concentração desta urbe e nas cercanias do governo provincial.
O integrante da
União de Activistas das 18 Províncias, Kakienze disse que foram impossibilitados
de saírem à rua este sábado, mas está confiante numa proeza amanhã, domingo ou
no próximo dia 4 de Abril, numa homenagem aos moto-taxistas de Malanje.
“Nós não vamos
ficar por aqui, uma vez que ele
s nos deram corrida, dia 4 de Abril nós
estaremos de novo aqui em Malanje para uma outra marcha a favor dos Kupapatas”,
garantiu.
A primeira
tentativa de manifestação pública independente foi assim frustrada hoje pelas
autoridades policiais do município de Malanje. Oficialmente não está confirmada
a detenção de elementos da equipa dos organizadores ou de possíveis aderentes.
Em Malanje, o
acto político provincial do 4 de Janeiro, “Dia do Mártires da Repressão
Colonial” acontece amanhã no município do Quela, 110 quilometros a norte desta
cidade, onde está agendada uma palestra sobre os acontecimentos do 4 de Janeiro
de 1961 que será presidida pelos sobreviventes do massacre soba Teka-Dia-Kinda
e Kima-Teka.
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