Manuel José, Redacção VOA
O Governo angolano informou à oposição que os trabalhos
necessários para a realização das eleições autárquicas estão atrasados, tendo a
Unita respondido que o Executivo não quer realizá-las este ano, como defende a
oposição.
Oposição angola acusa governo de querer protelar autárquicas
–
Os pontos constantes do plano de tarefas para realização de
eleições autárquicas e gerais no país foram discutidos na reunião de líderes na
Assembleia Nacional com presença do ministro da Administração do Território,
Bornito de Sousa, que foi prestar contas aos deputados sobre o andamento deste
plano por parte do Executivo.
A conclusão que se chegou é que dos oito pontos, apenas duas
alíneas mereceram atenção do Executivo.
Cinco dos oito pontos encontram-se atrasados e os outros
três com perspetivas de se atrasarem também.
Ao falar em nome das forças políticas na oposição, o chefe
do grupo parlamentar da Unita Adalberto da Costa Júnior considera que os
atrasos indicam que o Governo não quer realizar eleições autárquicas.
''Sentimos de algum modo algumas iniciativas retardadas como
indício de uma vontade de amanhã nos dizerem que não temos hipóteses, já não há
tempo, há atrasos”, acusou Costa Júnior, reiterando que a oposição quer
“cumprir as eleições”.
“Se dependesse dos partidos na oposição, nomeadamente a
Unita, nós teríamos em 2016, para assim
devolver aos angolanos os direitos de cidadania e liberdade'', acrescentou.
Refira-se que no discurso sobre o Estado da Nação a 14 de
Outubro de 2014, o Presidente José Eduardo dos Santos defendeu que as eleições
autárquicas só poderão ser realizadas depois das eleições gerais de 2017.
Na altura, e como agora, a oponião, em bloco, tem defendido
que elas devem realizar-se antes de 2017.
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