jeudi 18 février 2016

População acusa governo de desinteresse no asseguramento da saúde da população

A campanha de vacinação contra a febre amarela que assola a província de Luanda desde Dezembro último, que até o momento apenas beneficiou um dos municípios da província, a Viana, considerado o epicentro da doença, foi na manhã desta quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2016, analisada na Rádio Despertar.


Os ouvintes desta estação emissora, que defenderam a vacinação porta à porta com vista a um melhor resultado do combate ao surto devido as grandes enchentes que se verificam nos postos de vacinação colocados em algumas áreas daquela circunscrição e denunciaram também a cobrança de dinheiro para acesso à prevenção da endemia por parte de alguns agentes médicos e atiram por outro lado, a culpa ao ministro da saúde pelo alastramento da doença.
E a directora nacional de saúde pública Adelaide Carvalho, assegurou que a doença já matou cerca de 37 pessoas em 191 casos positivos diagnosticados pelas autoridades sanitárias, que garante que a vacina de rotina contra doença será extensa em todo país.

"Eu sou de opinião que essa vacina ela tinha que ser feita na mesma forma que têm feito a vacina contra a pólio, porque só o facto de registar-se muitas enchentes nessa vacina, já está a dar motivo aos vacinadores a fazerem muita e muita confusão. Alguns já cobram dinheiro para vacinar. As pessoas acordam cedo para ir apanhar vacina nem conseguem, muita confusão. Aquele vem com o primo dele passa a frente daquele que veio as quatro, aquele vem com o sobrinho passa a frente daquele que veio as cinco. Isso não pode ser. Então, isso regista-se um mal trabalho a partir do ministério da saúde. Esse ministério da saúde tem falhado muito. E não pode ser assim tem que haver mais organização e que isso tem sido muita confusão. Então alguém que acordo quatro horas para ir apanhar vacina um dia completo não consegue de apanhar vacina que tipo de trabalho é esse?"

Os ouvintes reconhecem haver falta de interesse do governo em garantir saúde a população. Aqueles interlocutores afirmaram também houver falta de empenho do actual ministro da saúde.

"Há uma falta de interesse da parte do estado angolano em ver essa problema da febre amarela parado. Porque um governo que se preocupa com o seu povo onde há problema ele meteria o pé. Pelo menos já teríamos visto o ministro a ir se pronunciar lá no centro Viana onde tem se passado essas vacinas. Pela confusão que tem lá se passado, as enchentes, já deveria estar aí uma das entidades desse país para poder averiguar como é que os trabalhos estão a ocorrer. Esse problema que temos em Angola é só porque o ministro da saúde não está mesmo a trabalhar. Porque nós vemos enchentes nos hospitais, que tem nos hospitais nem dá possibilidade das enfermeiras trabalharem. Agora vem esse problema da vacina contra a febre amarela. Porque é que estão a desviar a vacina para os seus postos médicos ou para os seus centros médicos? Porque a saúde está sem saúde, ninguém controla esses homens".

Essa ouvinte que também teceu a sua contribuição nessa rubrica de quinta-feira, entende que o governo liderado por José Eduardo dos Santos regista uma desorganização total em todos os sectores útil da sociedade e descreve a meneira como as pessoas são tratadas e acomodadas nestes sectores.

"O nosso governo não tem capacidade de governar nem de ajudar as pessoas. Isso é uma desorganização a partir mesmo de todo, nós não vimos nenhum ramo, nenhum ministério organizado aqui em Angola. 

Nós vimos que a educação já o que se vê. Não temos forma. Agora vimos na saúde, não tem como. Nós vemos o lixo cada vez mais, vemos as pessoas morrendo. Tu se vais ao hospital vais ver a barbaridade que isso é. 

Então, os hospitais estão sem enfermeiros. Nós vemos que as vezes temos um médicos para atender cem à 50 pessoas. Isto não é admissível. Nós vemos também que crianças numa cama tem dez, vinte crianças. E, esse surto que veio nós até podemos criticar as senhoras que devem estar a fazer o negócio das vacinas, mas se tu vias à esses postos ou à esses sítios que eles meteram as vacinas é uma enchente que tem um enfermeiro ou dois a darem vacina para cem, duzentas pessoas. Eu há dias fui a Kapalanca que é para poder apanhar a vacina houve até lutas, porque as pessoas iam para lá as quatro horas, as cinco horas e até dez, onze horas as pessoas não foram atendidas. Tiveram que chamar a polícia que é para poder ajudar as pessoas ou a organização. Nós estamos num país desorganizado, as pessoas têm que em mente".

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