A
UNITA, maior partido na oposição em Angola assinalou no dia 13 de Março de
2015, 49 anos de existência, desde que foi fundada em Muangai, província do
Moxico. Para celebrar a data o líder daquele partido levou a cabo um périplo
por algumas províncias do nosso país, que teve seu início no passado dia 6 de
Março e visou dentre outras preocupações, levar a sua solidariedade, avaliar o
estado e a situação das estruturas políticas do partido.
A avaliação do grau de
implementação dos programas de acção que os responsáveis receberam da direcção
da UNITA e do grau de execução dos programas do governo começou pela província
da Kwanza Norte, seguida das províncias de Malanje, Lunda Norte, Kwanza Sul,
Bié e Huambo, onde teve lugar o acto central, a 14 do mês em curso.
No fim das actividades o Presidente Isaías Samakuva falou aos jornalistas,
tendo considerado positiva a viagem realizada.
“Nós deixamos Luanda no dia 6 de Março com vista a cumprir um programa que
estava traçado para as províncias do Kwanza-Norte, Malanje, Lunda-Norte,
Kwanza-Sul, Bié e finalmente o Huambo.
A nossa viagem tinha alguns objectivos: o primeiro e sobretudo ligado à
província da Lunda-Norte, era levar a nossa solidariedade aos nossos
companheiros que tiveram um incidente em que muitos foram feridos. Incidente
este que é relacionado com actos de intolerância política. Foi de resto um
facto bastante relatado pela própria imprensa nacional e internacional. O
segundo objectivo, eu tinha como questão principal avaliar o estado e a
situação das nossas estruturas políticas nas regiões que eu mencionei, e isto
envolvia a avaliação também da implementação dos programas de acção que as
nossas estruturas, os nossos secretariados receberam da direcção do partido.
Nós quisemos também nesta digressão avaliar o grau de execução dos programas do
governo e quisemos exercer a nossa acção fiscalizadora enquanto partido da
oposição e este objectivo para nós era muito importante também ser
materializado. Tivemos ainda a necessidade de contactar as populações e neste
contacto nós queríamos avaliar o grau de implantação do nosso partido nas
diversas regiões e sobretudo o grau de aceitação da nossa mensagem pelas populações
nas zonas onde passamos. Do outro lado, queríamos também ouvir as populações
sobre as políticas do governo que estão a ser implementadas nas áreas onde
passamos”.
O líder do galo negro assegurou que todos os objectivos da sua digressão
foram cumpridos, e mostrou-se satisfeito com a implementação dos programas de
acção do seu partido nas províncias por que passou e a aceitação da mensagem da
sua formação política por parte das populações e considerou que as políticas
dos governos não têm surtido efeitos desejados, de acordo com a informação que
recebeu da população.
“Ora, eu devo dizer que esses objectivos foram todos cumpridos, mas nós
quisemos associar esta digressão às celebrações do 49º aniversário do nosso
partido.
Por conseguinte a província do Huambo ficou em último lugar exactamente
para servir de palco às celebrações deste aniversário do nosso partido. Eu
quero dizer que nós ficamos satisfeitos em relação à alguns objectivos que
tínhamos traçado. Por exemplo no diz respeito a implementação dos programas de
acção do partido nas regiões por onde passamos. Nós podemos dizer que os nossos
responsáveis portanto os secretários provinciais e as suas estruturas têm conseguido
implementar as orientações da direcção. No que diz respeito à aceitação da
nossa mensagem nas populações, nós podemos dizer também que ficamos satisfeitos
e de certo modo até mais do que aquilo que nós esperávamos.
Na realidade, tanto
no Kuanza-Norte, Malanje, na Lunda-Norte, no Kuanza-Sul, na parte da província
do Bié por onde passamos e aqui no Huambo, nós encontramos uma adesão massiva
da população à mensagem da UNITA, o que naturalmente nos satisfez sobremaneira.
No contacto com as populações nós constatamos que as políticas à que o governo
diz estar a implementar não têm tido impacto ou não têm sido materializados,
esses problemas não têm sido materializados como aquilo nós escutamos no
dia-a-dia. Pelo menos é a impressão que nós retiramos do contacto que tivemos
com as populações e elas mencionaram à alguns aspectos que eu penso que
interessa mencionar aqui também.
O primeiro: é o programa de água para todos. Nós falamos com populares,
falamos com as autoridades tradicionais que nos fizeram constar que esse
programa não está a surtir efeito. Não está a surtir, primeiro porque nalgumas
áreas nada se vê em relação a este aspecto, nas outras, o governo procurou
construir chafarizes, portanto, cacimbas onde implantaram chafarizes o
abastecimento de água, mas que esses chafarizes de uma forma geral não são
eficazes porque trabalham por uma duas semanas e param e as populações têm de
voltar tirar água no rio ou nas cacimbas por elas próprias arranjadas e
naturalmente esta água não é potável”.
O presidente Isaías Samakuva considerou igualmente negativo estado das
estradas na província do Kuanza-Norte, e apontou os problemas da educação e da
saúde nas regiões por onde passou.
“Nós constatamos com os nossos próprios olhos o estado lastimável da estradas,
na província do Kwanza-Sul sobretudo, as estrada que parte da ponte do rio
Kwanza para Kalussinga é uma estrada que de facto é para esquecer.
Naturalmente, nós verificamos as consequências que isso tem para as populações
que residem naquelas áreas. São populações quase que isoladas, porque os
camionistas, os automobilistas, sobretudo, não têm vontade de passar por
aquelas estradas cheias de buracos. Basta dizer que nós percorremos 80
quilómetros em quase 4 horas. Só isso pode explicar tudo.
A lamentação maior surge no que diz respeito aos problemas de saúde e os de
educação. Ora, na educação, há algumas escolas construídas, mas as escolas não
abrangem todas áreas, de tal forma que nos explicaram, sobretudo no Mussende,
por exemplo, que as crianças têm de andar por dia 8 quilómetros para chegar à
escola. Portanto, são uma distância bastante longa para as crianças que estudam
e naturalmente algumas não estudam. Mas também não são suficientes. As escolas
não são suficientes e muitas crianças estão fora do sistema do ensino. Só na
comuna de Kalussinga mencionaram-nos a existência de oito mil crianças fora do
sistema de ensino. No que diz respeito à saúde, o problema é quase o mesmo. O
centro de saúde, por exemplo, do Cuango que nos disseram é razoável. Não chega,
portanto, para cobrir a necessidade da população e para o tratamento de algumas
doenças as populações têm de ir para o Cafunfu que dista aí há uns 60
quilómetros”.
O líder do maior partido na oposição apontou ainda a situação crítica a que
estão votados os antigos combatentes por parte do governo angolano e afirmou
estarem numa situação de abandono, apontando igualmente a situação dos
desmobilizados com problema da reinserção.
“Eu gostaria também de mencionar outras questões que nos foram relatadas e
que constituem uma grande preocupação de certos sectores da nossa sociedade. Os
mais velhos, sobretudo os antigos combatentes quiseram manifestar o seu
descontentamento pela falta de cumprimento das promessas do governo, sobretudo
no que diz respeito às pensões que foram prometidas aos antigos combatentes.
Este sector acha-se abandonado, vive numa situação de decepção, de
desapontamento constante porque trabalharam para o país, deram as suas vidas
para o país, mas segundo eles, os políticos, o governo, sobretudo, lhes
abandonou. Estive aqui com mais de 50 antigos combatentes que voltaram à
mencionar esse aspecto e a pedir-nos que fossemos portadores da mensagem que
nos apresentaram ao governo.
Da mesma forma os desmobilizados. Os acordos previram algumas situações que
ajudariam a solução dos problemas, tanto de inserção ou reinserção dos
ex-militares, como também previam o pagamento de algumas pensões de reforma. Há
uns poucos que estão a beneficiar destas pensões, mas muitos outros têm os seus
processos parados. Aliás, a esse respeito eu devo mencionar aqui o que os
antigos combatentes nos disseram. É que as estruturas do governo recebem
processos para, enfim, a candidatura ou para a regularização da situação dos
antigos combatentes, mas esses processos entram e nunca há resposta, e quando
há resposta esta surge anos depois, mas para se dizer que como os processos já
são antigos então é preciso que façam outros, porque nessa altura o governo já
não sabe quem está vivo, quem morreu. E, é preciso voltar a tratar os outros
processos que custam dinheiro, custam tempo, custam deslocações e depois acabam
também por não dar resultados.
Meus senhores há várias outras situações que poderia relatar aqui mas por
uma questão de economia de tempo eu gostaria de ficar por aqui no que diz
respeito ao balanço desta nossa viagem.
Naturalmente, não poderei deixar de mencionar a satisfação nossa, pela
forma como o 49º Aniversário do nosso partido foi celebrado em todo país,
sobretudo o que nós presenciamos no acto central que tivemos o privilégio de
presidir aqui na província do Huambo. A presença significativa e massiva dos
angolanos neste acto, o entusiasmo demonstrado foi para nós um sinal claro, não
só da adesão, mas também da esperança do nosso povo por dias melhores. Pareceu-nos
bastante significativo e eu creio que o acto de ontem passou uma mensagem clara
da necessidade do povo mudar o regime que governa o nosso país”.
Questionado como estaria a UNITA a preparar-se para as eleições que se
avizinham, face a fraude tecnológica que têm sido alvo os partidos políticos da
oposição durante o processo eleitoral do nosso país, o Presidente da UNITA
afirmou que a fraude só será anulada pela demonstração da força do povo
apoiando as posições da UNITA.
“ A fraude seja ela tecnológica ou política creio só poderá ser anulada
pela demonstração da força do povo e a força do povo deve se demonstrar
apoiando as posições da UNITA, não só no que diz respeito a rejeição das
manobras que estão em curso, por exemplo, a proposta da lei do registo
eleitoral.
Nós estamos a dizer que não serve e o meu caro amigo viajou comigo e
presenciou certamente os apelos que fizemos para que o povo apoie a UNITA nas
suas posições em relação a isso. Esse é o primeiro aspecto. O segundo aspecto:
nós temos também necessidade, já começamos a trabalhar no sentido de reunir
técnicos. Porque se os outros têm técnicos que preparam esta fraude
tecnológica, afinal nós temos de também lançar mão aos técnicos angolanos que
não concordam também com o que se está a fazer e que têm conhecimentos
suficientes para poderem ajudar à desmontar as manobras que estão a ser
preparadas.
Mas é um trabalho muito sério, é um trabalho que envolve acções políticas,
acções também tecnológicas que estamos a tentar implementar”.
A UNITA passará a apresentar os militantes que deixam as rédeas de outros
partidos e afiliam nas suas fileiras tal como faz o MPLA?
“A resposta é não! Nós não estamos de acordo com esta forma e eu ontem tive
a ocasião de mencionar. Não é nosso hábito e não concordamos com este
princípio.
A política é algo que resulta das convicções e das decisões pessoais dos
indivíduos que nós devemos respeitar. Portanto, se alguém escolhe um partido
por razões que sabe e em determinada altura acha que esse partido não responde
as suas aspirações, não materializa as suas aspirações é livre de decidir
passar para um ou outro partido. Agora, também as pessoas são livres de dizer.
Portanto, nós não faremos, mas se alguém desejar fazer, com certeza é livre de
fazê-lo. Esta é a base, é a liberdade que as pessoas têm de se exprimir e para
além de que, dizia mesmo um dos companheiros que falou ontem que a sua atitude
talvez encoraje alguns, e nós sabemos que há dezenas de pessoas que nos
contactam e que vêm, responsáveis. Eu quero me referir a responsáveis,
sobretudo do partido no poder, que já estão connosco. Vêm, sim senhora já estou
aqui. Concordo convosco. Mas sabem que se eu falar vou perder o pão. Para além
de questões de segurança. Então nós respeitamos a opinião desses companheiros,
desses compatriotas porque como disse uma opção, e as opções são livres. O
companheiro Nafoia, também ontem, fez questão de salientar um aspecto que
infelizmente está incutida na mente dos angolanos pelo partido que governa o
país. É que de uma forma geral aqueles que se passam, sobretudo responsáveis
para o partido no poder, vêm por aliciamento ou fazem-no por aliciamentos, com
promessas de dinheiros, de benesses que muitas vezes não cumprem, também não
são cumpridas essas promessas. E a ideia que ficou no país é que quem sai de um
partido para o outro é porque vai receber dinheiro ou está a ser comprado.
E foi bom que o companheiro Nafoia, fê-lo claro, no Cafunfu ele até foi
mais longe. Ele ganhava 9 mil, cerca de 9 mil dólares onde estava, vem para a
UNITA, que não paga nenhum dos seus responsáveis esse dinheiro, nem um terço
sequer, daquilo que ele recebia lá, muito menos. Portanto, deixou dinheiro par
vir aqui onde há pobreza. Pobreza material, mas riqueza espiritual. Então, nós
de uma forma geral não fazemos, não mudamos de política, mas aqueles que
quiserem fazê-lo por opção poderão fazê-lo”.
Falando sobre os militantes que tinham abandonado o partido mas agora
decidiram voltar para essa formação política o líder da segunda maior força política
do país afirmou que a UNITA é um partido de todos os angolanos e disse que o
seu partido convida todos os angolanos para se juntarem à causa da UNITA e
considera como sendo normal a atitude destes militantes.
“A UNITA é um partido aberto, a UNITA foi fundada para todos os angolanos.
Nós estamos a convidar todos os angolanos para se juntarem a esta causa e esta
caravana rumo a mudança política no nosso país. Então, seja a nossa irmã Elsa,
seja qualquer outra pessoa a vir para a UNITA, está a vir a fortalecer a
engrossar a caravana da mudança.
É assim, as pessoas moldam as suas opiniões consoante o meio em que vivem,
as condições que vivem e o ser humano está confrontado com várias situações.
Algumas ilusões inclusive e alguém pode em determinada altura dizer “bom,
isso aqui parece não dá, daquele lado é que vai dar”, mas chega naquele lado
apercebe-se que afinal não dá e nós nas nossas idades com os conhecimentos que
temos, tanto religiosos como políticos achamos que isso é normal. A bíblia fala
do filho pródigo que saiu foi, desfez-se dos pais, inclusive. Depois de dar as
suas voltas, achou que afinal tem que regressar à casa do pai e o pai recebeu.
Não é uma questão de perdão, é uma questão de princípio.
Portanto, as atitudes das pessoas, também conformam as reacções das
pessoas, é normal. Traições, são traições e quem trai às vezes se arrepende
tarde. Mas nós estamos abertos. O partido está aberto e vai continuar a
receber”.
O Presidente da UNITA considerou surpreendente o grande crescimento que o
seu partido regista, após a realização das eleições gerais de 2012, e apontou
as boas relações de convivência que os seus militantes apresentam como sendo um
dos vários factores que fazem com que o seu partido esteja na posição em que se
encontra hoje.
“É curioso. Para nós também tem sido curioso. E é tão curioso que as
eleições de 2012 passaram, o MPLA diz que ganhou as eleições, mas é exactamente
a partir das eleições de 2012 que nós vimos de um momento para o outro um
crescente movimento de adesão à UNITA. O que significa que o povo sabe que o
seu voto foi desviado. Então, esta adesão de movimento, a mim pelo menos parece
ser a expressão da revolta do povo em relação ao desvio que foi feito ao seu
voto, de um lado, do outro lado, a UNITA durante muitos anos viveu isolada, na
luta, confinada às áreas que conseguiu conquistar pelo seu combate que fez.
Enquanto esteve distante das populações uma campanha enorme feita pelo nosso
principal adversário denegriu, pintou a UNITA de diabo, de fantasma, de uns vampiros
que são terríveis. Entretanto, a guerra acabou e a UNITA, portanto os
militantes, os dirigentes da UNITA vieram, misturaram-se, regressaram para as
suas aldeias, regressaram para as suas cidades, misturaram-se na sociedade.
Ora, esta sociedade que durante anos foi intoxicada com estórias falsas começou
a ver que as pessoas da UNITA, são diferentes daquilo que foi dito e, se não
for excessivo, mas é o que nos dizem, “até nos bairros onde se encontram são
pessoas mais tratáveis, mais honestas que convivem com os outros, dialogam, são
solidárias”.
Portanto, aparecem como pessoas que de facto são boas e tratáveis.
Ora, mesmo se a propaganda que passa a vida a denegrir a UNITA continua, ou
mesmo se continuar como está a continuar, o cidadão comum tem um homem da
UNITA, a pessoa da UNITA como seu vizinho, no bairro. Conversa, conhece melhor
o homem da UNITA. E, eu dizia noutro dia, penso que foi no Cuango, que até
estão a casar, já convivem, já são maridos e mulheres. Então, tudo isso faz com
que as pessoas compreendam que afinal essas mentiras eram apenas para denegrir
a UNITA. Eu penso que todos esses são factores que estão a contribuir para que
a UNITA esteja na posição que se encontra hoje. Ora, ao fim desses 49 anos,
curiosamente, a UNITA continua a marchar, como disse ontem, depois de
atravessar vales e montanhas, eu quando me refiro à vales e montanhas para si
que talvez não conheça tão bem a história do nosso partido e do nosso país, a
UNITA passou por situações difíceis. Muito dos nossos companheiros foram
massacrados e mortos sem razões. O partido no poder conta histórias de
massacres que terão sido feitos pela UNITA. Mas eu costumo dizer que nós ainda
não falamos, nós ainda não falamos. Nós conhecemos aldeias e pessoas que foram
dizimadas, as suas famílias inteiras foram dizimadas, ou aldeias onde em muitos
casos, as mulheres foram postas num lado, os homens foram postos doutro lado e
metralhados aí, mortos e enterrados em valas comuns que sabemos onde estão.
Portanto, estamos num processo de reconciliação e achamos que é de todo
interesse, consolidar o processo de reconciliação e por isso mesmo é que ainda
achamos que não é tempo de falar disso tudo. Apesar desse tempo todo, 49 anos
de existência, em vez da UNITA reduzir-se à sua expressão mais ínfima, a UNITA
continua a caminhar e começa a ganhar proporções que ninguém poderá ignorar. Se
alguém aqui no Huambo vier dizer que a UNITA não ganha um voto sequer, toda a
gente vai saber que é mentira.
Isaías Henrique Ngola Samakuva aconselha os seus militantes a não responder
aos actos de intolerância política perpetrados pelo partido MPLA
“Há
vários actos de intolerância que acontecem um pouco por toda a parte. E nós
nunca tivemos dúvidas de que esses actos de intolerância são programados e
orientados a partir de um ponto central. Ora, mas também já entendemos que a
história de Angola, diz-nos que esses actos de provocação são os que originaram
as guerras que o país já conheceu. Ora, se nós formos a responder a esses actos
de provocação, estaremos a procurar dar continuidade aos conflitos que queremos
evitar. Nós também já compreendemos que o partido no poder não consegue
governar na paz, numa situação de paz. Precisa de arranjar sempre esses
conflitos para depois ter justificações a dar. O país está assim por causa da
incompetência daqueles que o dirigem. Então, nós não queremos cair na armadilha
para beneficiar o nosso adversário com pretextos, com razões que não
correspondem a verdade. Penso que todo angolano responsável sabe que os
conflitos armados que o país viveu só prejudicaram os angolanos. Então quem ama
os angolanos tem de protegê-los dessas provocações e se os outros continuam com
esses actos de intolerância, também isso está ajudar o povo a compreender quem
é mau e quem é bom”.
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