05/01/2016 07:21 Fonte : Jornal
de Angola
Jornal de Angola – A paz é uma das grandes divisas
conseguidas pelo povo angolano há 13 anos. O que representa para si este
inestimável bem?
Isaías Samakuva – A paz é um elemento fundamental para a
realização daquilo que pode ser útil para o cidadão. Há necessidade de promover
a conservação da paz e esta é uma questão que tem de ser sempre tida em
atenção. Mas é fundamental considerar que a paz não é apenas a ausência da
guerra. A paz é o emprego mas é também a capacidade que a pessoa tem de
resolver os seus problemas mínimos. Caso contrário, vive permanentemente
preocupada e na aflição. Nestas circunstâncias, devo dizer, não há paz. A paz
deve se traduzir na capacidade de se materializar as aspirações básicas do
dia-a-dia.
Jornal de Angola – Acusam-no de uma clara e insofismável
falta de sentido de Estado, pois tende a levar assuntos do país para o
exterior. Como tem encarado
isso?
Isaías Samakuva
– Tenho lido e ouvido acusações do género e muitas vezes acho-as interessantes.
Porém, chego à conclusão que essas acusações só podem vir de pessoas que
ou são à partida meus detractores ou ignoram o facto de Angola ser hoje parte
do concerto das nações. É ingenuidade pensar que o que fazemos aqui não é
conhecido no mundo. Temos aqui embaixadas e muita gente que se movimenta,
escreve e tira imagens que leva para fora. É quase “tapar o sol com a peneira”
calarmo-nos quando as situações que reportamos realmente existem. O que dizemos
aqui dentro chega lá fora e o que dizemos lá fora chega cá dentro. Por isso,
considero essas acusações fortuitas, porque elas não têm nada de especial. O
nosso discurso é o mesmo aqui e lá fora. Não creio que estejamos a lavar roupa
suja lá fora. Se alguém sabe que o que estamos a fazer é sujo, o melhor é não
fazer, pois uma vez feito, passa a ser conhecido lá fora. Estou confortável em
relação a este aspecto. Os próprios governantes tratam de questões do país lá
fora, igualmente. Onde está a diferença?
Jornal de Angola – A diferença está provavelmente no facto
de o senhor levar para fora apenas as coisas negativas e dificilmente mencionar
as realizações positivas que ocorrem no país?
Isaías Samakuva – Não há nada que eu tenha levado para fora
que nunca tenha sido dito aqui no país. A única questão é que aquilo que digo
aqui dentro é de alguma forma abafado. Levantamos situações negativas e de uma
forma geral levantamo-las para chamar a atenção, como críticas positivas, a ver
se conseguimos parar com estas situações, mas ninguém as menciona. Elas são levadas ao conhecimento mas
morrem ali. É, como se costuma dizer, “morrem no deserto”. O problema é
que de uma forma geral, as pessoas gostariam de não ouvir aquilo que fazem de
negativo. Isto é o que incomoda.
Jornal de Angola – Está agora no quarto mandato como líder
do seu partido. Está confortável com esta caminhada política e o que
representam para si os valores da democracia e as maiorias absolutas?
Isaías Samakuva – Sinto-me confortável estando no quarto
mandato na direcção do meu partido, porque não violei nem normas partidárias
nem normas nacionais ou internacionais. Agradeço-lhe por ter levantado esta
questão porque na verdade sinto que há uma deturpação de conceitos e muita
gente agarrou-se a estes conceitos e confunde as coisas, quando na realidade a
democracia é acima de tudo, tal como a própria palavra significa, o poder do
povo para o povo e tem características que constituem o seu significado. A
democracia traduz o cumprimento de normas, reflecte o Estado de Direito,
envolve a participação dos cidadãos, o respeito pelos direitos humanos e
obriga-se à separação de poderes. Nos partidos políticos, ao contrário do que
acontece no Governo, não há limitação de mandatos. Se for a fazer a sua
pesquisa vai encontrar que todos os estatutos dos partidos estão sem quaisquer
cláusulas de limitações de poderes.
Jornal de Angola – É reconfortante haver exemplos desse
género pelo mundo fora fundamentalmente para justificar uma posição muito
criticada?
Isaías Samakuva – Não vejo por que razão para um europeu tal
não representa problema algum e os problemas surgem quando tal acontece com um
africano. Se o partido tivesse uma cláusula que limitasse o mandato,
naturalmente essa cláusula seria cumprida. Mas deixe-me que, para este
contexto, mencione alguns exemplos. A chanceler alemã Angela Merkel está no seu 15.º ano como presidente do
Partido Democrata Cristão Alemão (CDU) e no terceiro mandato como chanceler. Outro
exemplo é do presidente Lula que esteve quatro mandatos à frente do seu partido
até vencer as eleições. A Alemanha tem outro caso, que é o de Helmut Kohl, que
esteve à frente do seu partido durante 16 anos e na Inglaterra o caso de Margareth
Tatcher que esteve três mandatos na direcção do seu partido.
Jornal de Angola – A componente ética não é aqui chamada?
Isaías Samakuva – Pergunto-me porquê apelar à questão
ético-moral? Eu não me impus. Curiosamente, desde o primeiro mandato, tenho
passado pelas eleições com uma maioria significativa. Outros há que dizem:
“perdeu as eleições gerais e agora devia deixar a cadeira”. Quando perdi as
eleições em 2008, apresentei a minha demissão numa reunião do comité
permanente. Mas ao invés de aceitarem a minha demissão, sai dessa reunião com
grande apoio. Estou completamente à vontade. Porém, temos limites fisiológicos
e acho que aqueles que pensam que Samakuva quer estar à frente da UNITA até
morrer enganam-se. Só se morrer agora. Mas se Deus me der mais uns dez anos,
neste período não estarei certamente à frente da UNITA.
Jornal de Angola – Esta é uma tentativa de enviar um sinal
de que é um líder que segue à risca um dos princípios que pretende subordinar a
política à ética?
Isaías Samakuva – Absolutamente. Mas como a ética coloca
questões de violações do bem e do mal, deviam dizer-me onde é que violei a
ética. Assim o debate seria outro.
Jornal de Angola – Que sinal a sua vitória no maior partido
da oposição envia à juventude anggolana, que, quer queiramos quer não, passou a
fazer alguma leitura dos tempos?
Isaías Samakuva – O que vejo é a juventude a aplaudir e a
encorajar a minha vitória. Mas existirão aqueles que criticam a continuidade de
Samakuva exactamente nos termos em que falamos aqui porque acham que estamos a
violar normas democráticas. Mas digo: não ha violação de normas democráticas. A
porção da juventude que me encorajou a continuar é significativa. Temos de
saber que nunca encontraremos consensos na totalidade, mas vamos orientar-nos
pela posição das maiorias. Tanto no partido como fora dele vejo isso.
Jornal de Angola – Uma das grandes matrizes do partido passa
por caracterizar-se como um projecto de sociedade em si. Continua a reiterar
isso e como pensa efectivá-lo, uma vez que este projecto já vai nos seus 50
anos?
Isaías Samakuva – A UNITA é um projecto de sociedade. Os
princípios que enformam esse projecto são aqueles em que acreditamos e que
fariam uma Angola diferente daquela em que estamos a viver. Dura quase 50 anos.
Mas existem projectos que duraram muito mais tempo antes de poderem impor-se. A
luta dos sul-africanos com o projecto de criarem uma África multirracial levou
muito tempo. O facto deste projecto levar este tempo não significa que não seja
válido. Hoje vemos que aqueles que rejeitavam a UNITA começam a abraçar os seus
ideais porque acham que são os mais justos e os que mais se preocupam com a
vida do cidadão. É uma questão de tempo.
Jornal de Angola – Enquanto líder do maior partido da
oposição faz grande fé no processo de diversificação económica ou alinha pelo
eixo dos cépticos?
Isaías
Samakuva – Acredito nesse processo. Penso que a economia deve ser
diversificada, mas já devia ter sido feito. Só não acredito que ela venha a
acontecer da forma como está a ser teorizada presentemente. Fiquei, de
certa forma, satisfeito ao saber que o senhor Presidente da República chegou
também a esta conclusão. Estamos a falar da diversificação, mas ela não está
acontecer. Ela nunca há-de acontecer só pelo facto de criarmos mais uns
projectos agrícolas.
Não chega. Tanto mais que estes projectos estão a ser
criados numa lógica de latifúndio, que mais uma vez pertencem a uma certa
elite, que por sinal nem o faz com vista à diversificação económica mas visando
os seus lucros. Pensamos que a diversificação deve ser feita. No sector
minério, não podemos olhar apenas para o diamante ou para o petróleo, temos de
olhar para o ouro, o fosfato, o cobre, o urânio, entre outros.
Jornal de Angola – O que propõe em concreto?
Isaías Samakuva – Proponho que as inteligências ou as
mais-valias que temos no país sejam de facto utilizadas. Angola tem recursos
humanos que poderiam ajudar significativamente o processo de diversificação
económica, mas encontram vários obstáculos. É ainda difícil criar uma empresa
dadas as dificuldades impostas pela burocracia e acesso ao crédito. Temos um
banco de desenvolvimento que, penso, devia fazer mais. A burocracia deve
diminuir. Esta é uma área que tem sido melhorada, mas que ainda não chega.
Conheço países onde podem ser criadas empresas em uma ou duas horas. Além do
que já mencionei, existem algumas questões políticas que também impedem que os
angolanos possam participar com o seu saber e as suas energias na economia e na
diversificação.
Jornal de Angola – Questões políticas, o que quer dizer
exactamente?
Isaías Samakuva – Falo de questões políticas que acabam por
ser mecanismos discriminatórios que impedem pessoas que não sejam do partido
que sustenta o poder de desenvolver os seus projectos, não conseguindo também o
apoio de bancos. Todo este conjunto de situações precisa de ser melhorado ou
alterado. Sempre pensei que com a conquista da Independência fosse reduzir-se
ao mínimo possível o sofrimento do povo, mas constato que na realidade depois
da Independência esse sofrimento não só se mantém como se avoluma.
Jornal de Angola – Como avalia o contexto socio-político e
económico que o país atravessa?
Isaías
Samakuva – O actual contexto está difícil. Está difícil para aqueles que
procuram envolver-se em projectos e que não conseguem e está também difícil
para os que tinham projectos em marcha e que de um momento para outro se viram
afectados pela chamada crise. Penso que é uma situação que ainda vai
continuar por algum tempo. Mas acredito na capacidade realizadora dos angolanos
e creio que é uma fase que vai passar. Há quem diga que talvez tenha sido
melhor o emergir desta fase, pois parece que também está a ser uma escola.
Oxalá tiremos sérias lições para evitar que situações do género venham a
repetir-se no futuro.
Jornal de Angola – Sente que a forma como se posiciona na política
distancia-se muito pouco da que foi a filosofia de Jonas Savimbi ou tem uma
abordagem muito mais original e própria?
Isaías Samakuva – Não sei se é verdade dizer que me
distancio muito pouco da filosofia do Dr. Jonas Savimbi. O que sei é que a linha
política que a UNITA segue é aquela que foi traçada desde os primórdios da sua
fundação, assente nos princípios do que chamamos Projecto de Muangai, que
continua válido até hoje. É importante considerar que as épocas são
completamente diferentes. O Dr. Savimbi dirigiu o partido num período de
conflito armado. Nessa situação havia necessidade de se aplicar um determinado
número de normas com algum rigor e força. Isto não pode ser feito agora numa
fase de paz e em que buscamos a reconciliação e procuramos o diálogo com todas
as franjas da sociedade. Não faz sentido aplicarmos a metodologia daquela época
quando buscamos a harmonia e uma convivência pacífica. Aqui o discurso tem de
ser diferente daquele que se utilizava na época passada. Temos de ter em consideração
a época que vivemos, os objectivos que pretendemos atingir.
Jornal de Angola – Se a UNITA fosse convidada a formar uma
frente única para o pleito de 2017 estaria receptiva e favorável ao “ecumenismo
político”?
Isaías Samakuva – Não vamos esperar que sejamos convidados.
Nós é que estamos a trabalhar no sentido de convidar os outros no futuro e
vamos continuar. A UNITA tem convidado os outros partidos a ensaiar os
primeiros passos para uma frente comum. Demos estes passos em 2004 quando
tentámos criar uma plataforma, que, devo dizer, não foi bem sucedida. Em 2008,
após as primeiras eleições em tempo de paz, voltámos a convidar os partidos com
vista a atingir objectivos concretos, como foi no caso da elaboração da
Constituição de 2010 e também da nova Lei Eleitoral. Porém, mesmo ali onde os
objectivos eram claros, em determinada altura vimos que não foi alcançado como
desejávamos. Continuamos com a cooperação com outros partidos com ou sem
assento na Assembleia Nacional. Na política é a necessidade do momento que
determina a acção.
Jornal de Angola – A Assembleia Nacional, à semelhança de
outras instituições, representa o pilar da democracia. Sente que o papel para o
qual foi criado ou existe está a ser bem cumprido?
Isaías Samakuva – Já manifestei a minha posição sobre o
desempenho da Assembleia Nacional e devo dizer que não tem cumprido o seu
verdadeiro papel. Acho que tem estado, de certo modo, a seguir a marcha do
Executivo e não se tem projectado como um contra-poder. Por isso tenho estado a
dizer que não existe ainda separação de poderes no país. Quero acreditar que à
medida que o tempo passa os deputados assumam essa responsabilidade e revejam a
maneira como funcionam. O Executivo terá sempre a tentação de rebocar a
Assembleia Nacional. Dependerá dela própria manter a sua autonomia e saber que
tem de haver uma interdependência . A Assembleia Nacional tem de saber que é um
outro poder e que deve exercer esse poder como tal. Na minha opinião, isso não
tem acontecido. A Assembleia Nacional devia manter a sua autoridade, enquanto
um poder diferente do Poder Executivo.
Jornal de
Angola – Com toda a franqueza, como vê o desempenho do Executivo?
Isaías
Samakuva – Penso que o desempenho do Executivo explica a situação que vivemos.
Se estiver satisfeito com a situação que estamos a viver poderá dizer que o
desempenho do Executivo é bom, mas se o desempenho traduz aquilo que vemos na
prática, aí já é outra questão. Estive a ver uma peça de televisão que
retratava a degradação da estrada entre o Nzeto e o Soyo, uma situação vivida
todos os dias há dez anos. Sempre que chove aquela estrada está assim, e
trata-se do Soyo, que produz petróleo. O que diremos do desempenho do Executivo? Onde está? Existe? Já
não falo do desempenho. Eu pergunto se existe? Vejamos o que se passa com o
lixo e com a questão da água. Tenho denúncias de pessoal médico do Hospital
Maria Pia que me dizem que a unidade de saúde não tem Raio X porque está
avariado. A ser verdade, pergunto: o que falta, vontade política ou não existem
condições de trabalho? O que falta aos meus compatriotas, muitos deles meus
conhecidos e até com quem tenho boas relações. Como é que permitem situações dessa
natureza?
Jornal de Angola – Tem apregoado o diálogo. O que diria para
os jovens que tendem a usar fórmulas de protestos pouco ortodoxas ou mesmo até
subversivas para se fazerem ouvir sempre que sentem os seus direitos ameaçados?
Isaías Samakuva – Acho que os homens deviam desenvolver cada
vez mais capacidades para o diálogo. O diálogo deixa as pessoas conversarem, conhecerem-se e entenderem-se.
Mesmo no dia-a-dia, quando temos apetência para o diálogo, empenhamo-nos para
ouvir o outro. Ganhamos sempre alguma coisa e corrigimos mal entendidos.
Os jovens não são maus. Só precisam de ser entendidos para que depois passem a
entender os outros. Não existe outra fórmula senão o diálogo. Se por um lado
este diálogo é abrangente a todas as faixas etárias e sectores da sociedade,
por outro lado sinto que as gerações mais adultas precisam de entender os
fenómenos da actualidade, o comportamento e as atitudes dos jovens. É preciso
estreitar a distância que nos separa dos jovens. Eles são sempre irrequietos, radicais
e procuram fórmulas mais rápidas para os seus objectivos. Por isso, precisamos
antes de mais de entender esta maneira comportamental dos jovens para
compreendermos o que fazem e a partir daí ouvi-los. Isto deve acontecer nas
famílias, na comunidade e entre governantes e governados. Creio que se isso
acontecer, evitaremos muitos problemas.
Jornal de Angola – Este novo ano traz um legado de
dificuldades de 2015, mas é apesar de tudo um ano de pré-campanha. Que desafios
espera enfrentar?
Isaías Samakuva – É um ano de pré-campanha com certeza e a
UNITA precisa de mobilizar os angolanos para que acreditem no seu projecto. Ela
precisa de dizer aos angolanos que percam o medo. Se tiverem medo o país não
vai avançar para a mudança.
Jornal de Angola – É de facto o que quer dizer? Acha que
estamos, nós os jovens angolanos, impregnados de medo?
Isaías Samakuva – Não todos, existem alguns que não seguem
por este caminho. Mas a maioria está impregnada de medo, medo de dizer as
verdades e até de escutá-las. É preciso alguma coragem na ordem e no sistema
democrático estabelecido, o grande problema é que muitas vezes o sistema está
estabelecido mas não se faz cumprir. É preciso que trabalhemos para que a
juventude deixe de ter medo e para que o cidadão acredite que existem histórias
contadas no passado quenão são verdadeiras. É preciso escutar mas também é
preciso dialogar.
Jornal de Angola – Economia, emprego, classe média e
ambiente. O que representam para si estas palavras para o contexto em que o
nosso país se encontra?
Isaías Samakuva – Falar de economia é falar de
desenvolvimento, tranquilidade, ambiente e falar também de política, mas é
fundamental que nos sintamos estáveis, e quando digo estáveis falo numa banca
que funcione de facto e onde não exista falta de “sistema”. Estabilidade é
também saber que quando alguém acaba os estudos pode trabalhar e pode ter uma
casa confortável para o seu nível. Para o nosso contexto, tudo isso precisa de
ser reavaliado e reajustado para que nos sintamos num país verdadeiramente em
paz e estável. Caso contrário,
as palavras estarão despojadas do seu sentido real.
Jornal de
Angola – A UNITA é o único partido da oposição que integra a Internacional
Democrática do Centro. Que vantagens busca o seu partido ao filiar-se nesta organização?
Isaías Samakuva – Depois da guerra procurámos aliar-nos a
outros partidos. Olhando para a nossa linha ideológica, achámos que estávamos
com credenciais para estar na Internacional Democrática do Centro e na
Internacional Socialista, mas nesta última já estava o MPLA com uma
candidatura. A nossa ideia de pertencer a essa família política não teve
sucesso. Aproximámo-nos da Internacional Democrática do Centro e fomos
admitidos há 13 anos e conseguimos conquistar uma das vice-presidências da organização.
No seio da organização damos a conhecer aos partidos de 92 países que pertencem
a esta família política o que a UNITA faz para a promoção de valores e de
princípios universalmente consagrados. Na última reunião, do México, falámos
sobre a proliferação do terrorismo, do fundamentalismo e de questões
climáticas. Devo dizer que a nossa presença tem sido positiva nessas reuniões e
estamos certos que, embora se diga o contrário, procuramos elevar o nome do
nosso país.
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