Vários activistas do Movimento Revolucionário afirmam ser
alvo de perseguições
das autoridades governamentais, sobretudo dos Serviços de
Inteligência do Estado, e
ameaças de morte na província de Benguela, depois de uma
manifestação antigovernamental,
em 27 MAI 15.
Manuel Mateus, membro do movimento e conhecido por
"Max", afirmou que,
recentemente, durante uma reunião, dois indivíduos armados
tentaram raptar um dos
seus companheiros. "Esses indivíduos não se
identificaram, só disseram que eram "a
autoridade" e, por isso, não podíamos fazer
perguntas", adiantou o activista. "Houve
uma troca de palavras. Os colegas foram ligando para outros
indivíduos para denunciar o caso e puseram-se em fuga".
Mateus revela ainda que tem sido alvo de ameaças de morte
por parte de indivíduos supostamente pertencentes aos serviços secretos. "Por
mais de uma vez bateram à
porta de sua casa, deixando recados intimidatórios à sua
família e vizinhança", denunciou.
Manuel Mateus contou ainda que, recentemente, teria havido
uma reunião do MPLA na província, onde o responsável municipal do partido,
Julião de Almeida, terá vaticinado
a detenção de todos os membros do Movimento Revolucionário, suspeitos de prepararem actos contra a ordem pública. "Ele disse
que tinha os nomes e que, em
2016 e 2017, teriam de ser apanhados e depois desaparecer,
porque podiam trazer confusão para as eleições", disse ainda o activista. As detenções, no período
préeleitoral, serviriam para acautelar a adesão da população à causa do
grupo de jovens que realizam manifestações anti-governamentais desde 2011,
acrescentou.
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