Fonte: DEUTSCHE WELLE, 22JUN2015, Online; U.R.L.:
http://www.dw.com
Em declarações à estação pública Rádio Nacional de Angola
(RNA), o ministro do Interior de Angola, Ângelo Tavares, disse, em Luanda, que os
processos envolvendo
a detenção de jovens activistas foram já entregues ao
Ministério Público.
Ângelo Tavares revelou que os activistas foram detidos por
"procurarem alterar a ordem estabelecida", sem adiantar mais detalhes,
alegando o segredo de justiça.
As
detenções aconteceram na residência do político, António Alberto Neto, sobrinho do primeiro
Presidente de Angola e líder histórico do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
Emílio Catumbela, um dos activistas que se encontrava no
local e que escapou à detenção contou à Deutsche Welle (DW) África que não foi
detido porque se escondeu numa das dependências da casa.
Entretanto, informações ainda não confirmadas dão conta que
o jornalista Domingos da Cruz
teria sido igualmente detido numa das províncias do interior. Na véspera da detenção dos activistas em Luanda, Domingos da
Cruz falou de um desespero em que se encontra o regime angolano, tendo, por
outro lado, denunciado um conjunto de ''acções do regime que visam calar todas as
vozes contestárias à
governação de José Eduardo dos Santos''. "Deter os
jovens só porque estão a discutir um livro mostra que afinal a oposição está com o controlo da
situação e o Governo
com medo de perder algo", acredita Domingos da Cruz.
Salvador Freire, presidente da Associação Mãos Livres,
adiantou à DW África que a organização está profundamente preocupada com a situação e
que a qualquer momento irá tomar uma posição.
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