jeudi 22 octobre 2015

Lukamba Paulo Gato candidata-se à Presidência da UNITA

As razões da candidatura de Lukamba Paulo Gato à Presidência da UNITA

Caros camaradas membros da Direcção do nosso Partido,
Lukamba Gato.jpgMembros das organizações de massas, LIMA e JURA,
Senhores representantes da Comunicação Social,
Caros convidados,
Minhas senhoras e meus senhores,

Agradeço a todos pela vossa presença. Como é de vosso conhecimento o nosso Partido, União Nacional para a Independência Total de Angola, realiza o seu XII Congresso Ordinário em Dezembro do presente ano e em Março de 2016 completa 50 anos de existência.


Este percurso constitui uma proeza de longevidade e de realizações. Poucos são os Partidos políticos com similar trajectória histórica, se tivermos em conta a turbulência que caracterizou a era da guerra-fria e as lutas subsequentes.
Rendo pois, hoje, a minha mais singela homenagem aos percursores da UNITA na pessoa do Presidente Fundador e a todos quantos deram o melhor de si para que a nossa UNITA continue actual. Aos actores presentes o nosso especial apreço. Em particular, dirijo uma palavra de reconhecimento ao Presidente cessante e candidato à sua própria sucessão, pelo trabalho que desenvolveu ao longo dos últimos 12 anos, muitas vezes em circunstâncias difíceis.

É já marca da UNITA, desde o seu IX Congresso, por ocasião dos seus Congressos Ordinários, a concorrência entre vários candidatos, à sua Presidência. Esta Prática é a expressão mais significativa da sua Democracia interna.
Após uma longa reflexão sobre o hoje e o amanhã do nosso Partido, decidi e determinei candidatar-me à Presidência da UNITA no XII Congresso.

É lema da minha candidatura: "lnovar, Dinamizar e Unir para a Vitória".

Sim, minhas senhoras e meus senhores estes são, na minha visão, os três grandes eixos que na sua conjugação levam-nos à construir a nossa UNITA, atenta aos sinais dos tempos, dinâmica, competitiva e ganhadora.

Tenho, assim, a subida honra de apresentar as razões que sustentam a minha candidatura.

Do Dever Moral

Sou candidato a Presidente do nosso Partido, a UNITA, porque é minha profunda convicção de que tenho o dever moral e patriótico de, voluntariamente, retribuir ao Partido tudo quanto este investiu em mim, em todos os domínios ao longo de 41 anos de militância. Quero agora servi-lo, como seu líder, para realizar os seus objectivos centrais, em prol dos angolanos, se os delegados ao XII Congresso assim o decidirem.

Do aprofundamento da Democracia

Sou candidato a Presidente da nossa UNITA porque este é o momento certo de contribuir, através da alteranância na sua liderança, para o verdadeiro aprofundamento da sua Democracia interna, que iniciamos em 2003, no IX Congresso.

Do consenso Democrático

Sou candidato a Presidente do nosso Partido porque habita-me a determinação e a decisão de representar, as vontades de muitos militantes, de amigos da sociedade civil e dos democratas de todos quadrantes que esperam que o XII Congresso produza, uma UNITA que se constitua numa Referência Democrática irrefutável em Angola. Que desafio colossal, esse!

Eu proponho-me a protagonizar um salto geracional, na direcção do Partido, e desta forma abrir o caminho para as novas gerações. Em democracia deve haver limitação de mandatos como nos ensina o Presidente fundador e eu cito: liA nossa missão é mesmo garantirmos à juventude e aos quadros que eles terão uma oportunidade. É por isso mesmo que a democracia limita os mandatos. É para permitir que outros venham fazer melhor". Fim de citação.

Da Firmação Democrática

Sou candidato porque acredito que os militantes do nosso Partido, delegados ao XII Congresso, têm a perfeita noção de que o ciclo que este Congresso pode fechar, na vida da UNITA, é determinante para o seu futuro. Meus amigos: ou se prova definitivamente que a UNITA é um Partido democrático com a mudança, ou se cria dúvidas e algum cepticismo com a continuidade.

Da Matriz Ideológica

Candidato-me para velar escrupulosamente pela matriz ideológica da UNITA, reafirmada no seu X Congresso, e o seu desenvolvimento por forma que esta inspire permanentemente: a sua visão sobre a sociedade; o seu programa; a sua organização e disciplina; a sua coesão e a unidade interna.

A UNITA na sociedade

Candidato-me para fazer da UNITA uma efectiva partícipe da dinâmica da vida social em todas as suas variantes sejam elas: culturais; sociais; espirituais; económicas; desportivas ou de outra natureza. Temos de conviver realmente com as realidades da nossa sociedade angolana e assim, comunicar aos nossos compatriotas o nosso sentido de pátria e da reconciliação Nacional.

Do Governo Alternativo

Candidato-me para tornar o nosso Partido mais dinâmico e competitivo, enquanto estiver na oposição, complementando a actividade Parlamentar com propostas concretas sobre matérias que afectam a vida do nosso povo tais como: a segurança das pessoas e dos seus bens; a luta contra a corrupção; a justiça social; a conclusão do processo de reinserção social dos ex-combatentes; a educação; a saúde; a água; a energia; a efectiva diversificação da economia; a juventude; a mulher; a reforma da justiça; o salário mínimo; o combate à fome e a pobreza; o tempo livre e lazer e as parcerias estratégicas internacionais. Em suma a nossa UNITA deve assumir-se como um verdadeiro e potencial governo alternativo.

Da Imagem, do Património e Empreendedorismo

Candidato-me para trabalhar em sinergia com todos os militantes para conferir conteúdo e imagem digna às estruturas do Partido a todos os níveis; para desenvolver com rigor técnico-económico o património do Partido; para incentivar promover e apoiar o empreendedorismo no seio dos membros da UNITA.

Das organizações de massas

Candidato-me para, o partido dar às mulheres e aos jovens da UNITA os meios orrespondentes ao seu espaço de acção, que é decisivo nas lutas politicas dentro do quadro democrático. Outrossim devemos integrar a nossa juventude no movimento juvenil mundial para os nossos jovens crescerem e partilharem experiências, nos mais diversos domínios de actividade, com o mundo.

Dos Quadros

Candidato-me para, se for eleito Presidente, poder cuidar directamente dos homens e das mulheres que constituem o manancial de quadros do Partido.

Este cuidado comporta dois aspectos fundamentais:   
-A sua permanente preparação, quer intelectual bem como politica e administrativa na rerspectiva de formação de verdadeiros líderes, que emprestem, solidez às estruturas e reforcem as garantias de durabilidade histórica do partido e;
-A sua vivência material sustentável.

Estilo de liderança

Candidato-me para ser um Presidente cujo o estilo de liderança, seja a abertura para com a sociedade, através da proximidade efectiva com o cidadão e as diferentes categorias sócio-profissionais pelo convívio e pelo diálogo.
No estrito quadro do interesse nacional, procurarei estabelecer consensos com as outras forças políticas;

Lutarei permanentemente pela unidade interna do partido e considerar o regresso, às suas fileiras, de muitos camaradas que à dado momento e por diversas razões se afastaram.
Desenvolverei um relacionamento construtivo com os profissionais da comunicação social; Comigo, o partido fará o melhor uso possível das TI(' s (Tecnologias de Informação e Comunicação) para levar a sua mensagem ao mais amplo espectro social.

Finalmente honrarei, com todas as minhas capacidades, a História do nosso Partido.

Minhas senhoras e meus senhores:

No momento em que apresento a minha candidatura à presidência da UNITA, há preocupações muito sérias para toda a sociedade angolana.
A difícil situação económica e social que o país atravessa deve inspirar-nos um sentimento e acções de solidariedade efectiva e de coesão nacional.

Não devíamos permitir agravá-Ia com situações como a dos jovens presos políticos que lutam pelos seus direitos constitucionalmente consagrados.

Ocorre-me, a partir desta tribuna, lançar um apelo às partes em causa para que em vez de extremarem posições, encetem um diálogo que resolva o contencioso que opõe o poder a estes jovens, evitando assim um desfecho dramático.

Maninhos, façamos do nosso Congresso um momento de reflexão que nos permita deliberar de acordo com a grande expectativa que este evento criou na sociedade angolana, em geral e no partido em particular.

Tenho plena confiança em todos vós, e por isso, peço o vosso voto para, em conjunto, podermos 111 nova r, Dinamizar e Unir para Vitória".

Para terminar queria agradecer a todos os camaradas que me encorajaram a assumir tamanho desafio, bem como os amigos e a minha família.

MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!

Quem sou?

Nasci aos 13 de Maio de 1954, no Municipio do Bailundo. Chamo-me Lukamba Paulo "Gato". Sou Filho de Zacarias Sanjolomba Paulo e de Luísa Lussinga. Estudei no Bailundo e no Huambo onde concluí o ensino secundário no Liceu Norton de Matos em 1974.

Actualmente sou formando em relações internacionais na AIU (Antlantic International University) em Honolulu, Hawai.
Falo Umbundo, Português, Françês e Inglês.
Ingressei na UNITA em 1974. Entre as varias funções exercidas na UNITA relevo as seguintes:

Em 1975, terminei a formação militar básica no Massivi e integrei as unidades operacionais. No mesmo ano fui transferido para a Direção Geral de Logística em Kinshasa, tendo regressado a Angola em 1976.

Em 1979, fui eleito Secretário Geral da JURA (Organização Juvenil do Partido);

Em finais do mesmo ano fui nomeado Diretor do Gabinete do Presidente da UNITA, integrei o seu Comité Central, o Bureau Político e o Comando Operacional Estratégico- COPE;
Em 1983, fui nomeado representante da UNITA em França e Secretário Adjunto dos Negócios Estrangeiros;

Em 1985, fui nomeado Secretário dos Negócios Estrangeiros da UNITA;

Em 1990, participei em Évora-Portugal na preparação do quadro Político-Jurídico que viria a dar origem aos Acordos de Bicesse, assinados entre a UNITA e o Governo;

Em 1991, (depois da assinatura do Acordo de Bicesse) regressei à Angola e integrei a C.C.P.M (Comissão Conjunta Político Militar) como Chefe Adjunto da Delegação da UNITA;

Em 1992, sofri um grave ferimento na tentativa de liquidação de dirigentes da UNITA em Luanda;

Em 1993, participei na retomada do processo negociaI em Addis-Abeba com governo;

Em 1994, chefiei a delegação da UNITA que em Lusaka - Zâmbia criou com o governo de Angola e as Nações Unidas o quadro jurídico que conduziu as negociações e assinatura do Protocolo de Lusaka;

Em 1995, fui eleito Secretário Geral da UNITA no seu VIII Congresso;

Em 2002, após a morte do Presidente fundador Dr. Jonas Malheiro Savimbi e do Vice- Presidente Eng. António Sebastião Dembo participei na criação da Comissão de Gestão da UNITA órgão que assegurou a transição da UNITA até ao seu IX Congresso;

Sob minha tutela aos 4 de Abril de 2002, o CAEMG (Chefe do Alto Estado Maior Geral) das FMU (Forças Militares da UNITA) assinou pela UNITA o Memoradum de Entendimento do Luena que marca o fim do longo conflito armado em Angola;

Em Outubro de 2002, presidi em Luanda à Cerimónia de Reunificação da UNITA;

Em Novembro de 2003 participei na criação do Mecanismo Bilateral que debatia com o Governo as chamadas 11 Questões de Interesse Nacional", com vista a preservar a paz, a estabilidade e criar o clima propício ao processo de Reconciliação Nacional;

Em 2003, fui candidato vencido;

Em 2005, fui condecorado com a medalha da Ordem Nacional da Paz e da Concórdia, do Primeiro Grau;
Em 2008, fui eleito deputado à Assembleia Nacional pelo Círculo Nacional;

Em 2012, fui reeleito deputado à Assembleia Nacional onde sou vice- presidente da Comissão das Relações Exteriores e cooperação internacional;

Minhas senhoras e meus senhores muito obrigado pelo tempo que me dispensaram e pela atenção que me prestaram.


Bem haja a todos

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