Fernando Baptista, mostra-se insatisfeito com a detenção do
seu filho, Nito Alves, que considera injusta. O pai do jovem activista,
responsabiliza o Presidente da República pelo que estará acontecer com o seu
filho. Para Fernando Baptista, as palavras proferidas pelo chefe do executivo,
não são facas nem espadas que levem agentes de segurança a torturar os jovens
contestatários às políticas do Presidente da República, e questiona a
existência da justiça em Angola.
“A responsabilidade vai ser do Presidente da República que
mandou prender, em 2013, a polícia do regime raptou o meu filho na rua,
puseram-no na cadeia por 2 meses.
A procuradoria acusou o meu filho de ter imprimido 20
camisolas, onde estava escrito e chamou o presidente como ditador. Procuradoria
da república, achou que essa afirmação que estava escrito nas camisolas era
atentado contra o Presidente da República, como: chamando ditador contra a vida
dele.
Agora pergunto: será que são as palavras que são espadas ou
facas. A polícia do presidente prende e tortura sempre o meu filho. Alguma vez
alguém nunca foi preso se a polícia tortura o meu filho. O meu filho sem razão
nenhuma, ele encontra-se preso injustamente. E como é possível nós vermos que
nessa república quando alguém age o seu direito ou encontram um miúdo que fala
sobre a política, tem que prender a pessoa? Será que um livro vai fazer golpe
de estado? Onde é que se encontra essa justiça nesse nosso país?”
O progenitor de Nito Alves, que encontra-se preocupado com a
situação dos jovens detidos, e do seu filho em particular, caracterizou o
estado angolano de ditadura, e nega que jovens civis, como o é o Movimento
Revolucionário, fossem capazes de realizar um golpe de estado, apelando a
intervenção da comunidade internacional, no caso que envolve os jovens
revolucionários, e o executivo angolano.
“Eu quero que a justiça, que a comunidade internacional, que
vejam sobre a situação desses 15 jovens que se encontram detidos. Porque não é
o livro que vai fazer golpe de estado. Eles são civis, é 15 pessoas; porque nós
nos encontramos num país onde existe ditadura. Ditadura é assim: é aquilo que
as pessoas não expressam daquilo que sentem. O seu filho reclamar algo de irregularidade das más políticas do governo
é perseguidos. Eu queira que a comunidade internacional e à pessoa de
direito, que vejam sobre esse estado; porque nos preocupa muito como nós os
pais.
Porque eu só o pai dele, eu nunca fui a manifestação. Nós também temos falado com ele. Qual
é a preocupação que eles têm de encontrar um livro?”, aflorou o pai do jovem
activista.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire