Directora do
“Jornal de Negócios” escreve que a empresária começa a ser conhecida mais pelo
que “pode destruir do que pelo que constrói”.
Por REDE ANGOLA.
A directora do
Jornal de Negócios escreve hoje, em editorial, que “Isabel dos Santos tem na
sua mão o futuro do banco [BPI] e está a vender bem caro esse poder” nas
negociações com o CaixaBank pelo poder do banco português que detém a maioria
do capital do Banco de Fomento de Angola (BFA).
Para Helena Garrido,
a empresária angolana “ganha poder pela mão do CaixaBank com quem agora está em
feroz negociações”, num “jogo de ganância e de guerra” que não é diferente de
outras guerras empresariais, a não ser por uma diferença, a de que “as suas
guerras se têm feito com um exercício de poder pela negativa, ganha dinheiro a
dizer não”.
“Isabel dos
Santos, tal como Angola, podia ter o mundo aos seus pés. Como já o teve em
Portugal. Episódios sucessivos têm desgastado a imagem da empresária e
banqueira angolana. O mais grave foi o seu dito por não dito no caso do acordo
com a Sonae Distribuição, acabando a contratar gestores do grupo de Belmiro de
Azevedo para construir sem parceiros os seus supermercados Continente”,
acrescenta a directora do Jornal de Negócios.
A directora da
publicação económica portuguesa acrescenta que a empresária começa “a ter já a
imagem de quem ganha mais dinheiro pelo que pode destruir do que pelo que
constrói”.
“Se quiser
conquistar o estatuto de grande empresária, Isabel dos Santos tem de conhecer
as fronteiras do seu poder”, escreve Helena Garrido, explicando que “Isabel dos
Santos vive no caso BPI também a sua encruzilhada, a sua oportunidade de ser
mais livre” e “terá de escolher entre ganhar menos dinheiro com o BPI e
conquistar terreno como empresária na Europa ou levar a sua ganância ao limite
e perder-se”.
A conclusão é
simples, refere a directora do Jornal de Negócios: “Na solução do caso BPI está
também o futuro de Isabel, uma possibilidade de deixar de ser a filha do
Presidente de Angola”.
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