17/03/2016
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Fonte :
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Unitaangola
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O Presidente da
UNITA, Isaías Samakuva trabalhou esta terça-feira, 16 de Março de 2016, nos
Municípios de Cacuaco e Viana, tendo centrado a sua actividade na apresentação
dos novos dirigentes que passam a conduzir os destinos do Partido, nas
circunscrições acima mencionadas e que na óptica do maior Partido da oposição e
pela sua densidade populacional e peso eleitoral são consideradas regiões
eleitorais.
O líder da UNITA
que trabalhou esta quinta-feira ao Município de Belas, no quadro das suas
jornadas de campo que leva a cabo desde quarta-feira, visitou demoradamente o
Hospital Geral de Luanda, tendo tomado contacto directo com a realidade vivida
pelos pacientes e familiares e pelos profissionais de saúde que não tendo “mãos
a medir”, como bem disse a Directora Clinica da Unidade hospitalar, Eunice
Sebastião, vêem-se confrontados com enormes dificuldades que vão desde a
elevada demanda pelos serviços, passando pelos recursos humanos escassos até a
carência de meios gastáveis.
Depois de uma
breve reunião com membros da direcção do hospital, marcada por preocupações e
busca de caminhos que concorram para a solução do problema vivido pelo
estabelecimento e pelos utentes, efectuou uma visita guiada às diversas áreas
componentes da unidade.
No Banco de
urgência e na maioria das enfermarias a situação se apresenta crítica,
lastimável e revoltante. Além de várias crianças partilharem a mesma cama,
outras dormem no chão da enfermaria, sem colchão. A falta de espaços para
recepcionar e acomodar os pacientes, faz com que se deitem em corredores. Na
falta de suportes para soros, são os familiares que os seguram.
“Não está fácil
para as nossas crianças, não é fácil para os próprios país de filhos doentes”,
reconhece a Dra. Eunice Sebastião, Directora Clínica do Hospital Geral, que
lamenta o facto de a maioria dos pacientes que acorrem aquela unidade
hospitalar chegar com demasiado atraso, complicando as chances de recuperação.
“Eu nunca vi
tanta criança a fazer transfusão”, confessa a médica, que apela as pessoas de
boa vontade a doarem sangue para que sejam salvam as crianças sofrendo a falta
de líquido-vida.
Dados prestados,
15 a 20 pessoas, maioritariamente crianças morrem por dia, naquela unidade
hospitalar, inicialmente concebida para atender nada mais do que 60 pacientes,
que nos dias que correm recebe mais de 300 pacientes.
Só para se ter
uma ideia do problema, até às 14:32 minutos que terminou a visita do Presidente
da UNITA, aquela unidade registou entrada de 350 pessoas. É na verdade muita
demanda que supera a capacidade dos profissionais.
Na óptica dos
profissionais a causa do problema da afluência aos hospitais de referência como
é aquele, decorre do facto de a periferia não dispor de equipamentos capazes de
dar resposta aos problemas que vão surgindo. Tal facto agrava-se também com a
pobreza que graça nas nossas comunidades, fazendo que alguns recorram a
tratamentos tradicionais, despertando para a medicina moderna apenas quando o
risco de morte já for eminente.
O Presidente da
UNITA e a sua comitiva também constataram outro dado importante que afecta o
sistema nacional de saúde e que tem a ver com a falta de recursos humanos. Este
facto foi apontado pela direcção do hospital, como dos que também limita a
capacidade de resposta aos problemas.
O estabelecimento
está equipado como tecnologia de ponta, sobretudo no sector de pesquisa mas não
dispõe de técnicos para o seu manuseamento.
O Presidente da
República, José Eduardo dos Santos e o seu Executivo são responsáveis
exclusivos do que se está a passar no sistema de saúde de Angola.
São os
responsáveis pela gestão do erário público, são eles que não criaram condições
para os hospitais terem recursos suficientes para salvar vidas e dar esperança
aos angolanos.
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